Encruzilhada

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O sol já estava presente em algumas partes da floresta, por onde não havia árvores para impedir que os raios solares tocassem o solo. Mingi levava Hongjoong em suas costas pela parte mais escura da floresta; conhecia um atalho, sabia que iria chegar antes do esperado. Já havia usando aquele atalho várias vezes, era o único que sabia da sua existência. Hongjoong segurava em seu ombro com força, mesmo estando um pouco apavorado, estava gostando de sentir o vento tocando em seu rosto. Ele estava tão concentrado no vento em seu rosto, que não percebeu quando Mingi parou alguns metros longe de sua casa ㅡ ele olhou surpreso ao perceber que já havia chegado. Desceu das costas do Mingi e se colocou ao lado do vampiro mais alto.

ㅡ Já sabe o que vai dizer para eles? Não pode dizer que esteve com a gente, espero que seu amigo não tenha aberto a boca. ㅡ disse Mingi, olhando para aquela casa.

ㅡ Não se preocupe! Vou conversar com o Yunho e pedir para que não diga nada. ㅡ Hongjoong olhava para Mingi.

Mingi olhou para ele e depois voltou para a floresta. Ele desapareceu por entres as árvores, o garoto com cabelo mullet ficou parado olhando para a floresta antes de caminhar em direção da casa. Enquanto isso, ele pensava no que iria dizer para seus pais ㅡ não queria mentir, mas também não queria dizer a verdade. Sabia que não poderia contar para os seus pais onde esteve e com quem esteve, isso o deixava em um encruzilhada entre a mentira e a verdade. Ele precisava pensar em algo convincente e rápido, mas não era bom com mentira, nunca foi. Respirou fundo e caminhou em direção de sua casa tentando ignorar o machucado que insistia em lembrar-ló que ele ainda estava ali. Colocou a mão na maçaneta da porta da cozinha e a girou com cuidado, assim que abriu a porta, deparou com a sua mãe parada o encarando. Seu pai estava sentado na mesa, olhando. Seu irmão estava parado próximo a pia lavando as louças, parou assim que o viu.

ㅡ Que foi? Por que estão me olhando desse jeito? ㅡ perguntou Hongjoong.

Sua mãe foi em sua direção e lhe deu um abraço, seu pai havia se colocado alguns centímetros atrás de sua mãe. Retribuiu o abraço. Ficou olhando para o seu pai, que não tirava o seu olhar dele. A mulher logo se afastou.

ㅡ Onde você estava? Por um momento, achei que tinha acontecido terrível com você. ㅡ disse sua mãe colocando suas mãos em seu rosto, em formato de uma concha.

ㅡ É...

ㅡ Yunho disse que você se perdeu dele e isso deu um maior problema com o pai dele. ㅡ disse seu irmão, o interrompendo.

ㅡ Como assim? ㅡ perguntou o garoto sem entender o que o seu irmão havia dito

ㅡ Eles estão indo embora da cidade. ㅡ disse o seu pai.

Sem dizer uma única palavra, Hongjoong saiu correndo de sua casa, sem se importar se o machucado iria piorar. Queria chegar na casa de Yunho antes que fosse tarde demais, antes que ele nunca mais o visse ㅡ não sabia para onde eles iriam e isso o deixava com mais medo, pior de tudo, era que a sua ida da cidade era por sua culpa e isso o fez desejar nunca ter cruzado o caminho de Yunho e nem o colocado em suas confusões. Pedia mentalmente para que eles não fossem ainda, queria ir nem que fosse para se despedir. Sua mãe gritava seu nome, mas ele a ignorava. Continuava a correr o mais rápido que podia, que seu corpo permitia. Estava cansado, mas não queria parar.

Um carro surgiu ao seu lado, seu pai estava na direção. Pediu para que Hongjoong entrasse, sem pensar duas vezes, o garoto entrou. Minutos depois, o carro se aproximava da casa de Yunho. Hongjoong desceu do carro, mas já era tarde demais. A casa estava em silêncio e nenhum dos dois carros estavam estacionados, ao longe, ele pode ver o carro de Yunho sumindo na medida que ele se afastava. O garoto com cabelo estilo mullet, não conseguiu conter o choro, sem pai colocou suas mãos em suas costas.

O que será que tem na lua, Seonghwa? (Seongjoong)Onde histórias criam vida. Descubra agora