Lacuna

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A caminhonete parou em  frente de uma casa com um cinza desbotado e com uma varanda pequena; a porta se abriu e um casal saiu e se dirigiu até a caminhonete que havia acabado de estacionar. Hongjoong tirou o cinto de segurança e olhou para Yunho que se encontrava pensativo.

ㅡ Ainda vai me ensinar a dirigir? ㅡ Hongjoong perguntou tirando Yunho de seus pensamentos.

ㅡ Depois a gente fala sobre isso, seus pais estão vindo. ㅡ disse Yunho apontando em direção do casal que corria em direção à caminhonete.

ㅡ Onde vocês estavam? ㅡ perguntou a mãe de Hongjoong parando ao lado da caminhonete, enquanto seu filho descia.

ㅡ Hongjoong, você está encrencado! Já para o quarto. ㅡ ordenou o seu pai.

ㅡ Amanhã a gente se fala. ㅡ disse Hongjoong fechando a porta. Yunho sorriu para ele. 

O garoto no volante deu a partida e saiu. Hongjoong ficou observando a caminhonete de seu amigo ao se afastar, mas ele deu de costas para a estrada e caminhou em direção da casa ㅡ seus pais caminhavam atrás dele aliviados por ver que seu filho estava bem.

Ele abriu a porta e entrou com seus pais, que vinham logo atrás. Hongjoong seguiu para o seu quarto, enquanto seus pais, ficaram na sala conversando sobre algo que Hongjoong se perguntava se seria educado escutar. Portanto, decidiu ir para o seu quarto. Conhecia os seus pais, sabia que lhe daria um sermão ao ouvir a conversa deles e ele já estava encrencado. O garoto caminhou por entre o corredor que dava acesso aos quartos, passou em frente ao quarto de seu irmão, que se encontrava com a porta aberta. Hongjoong parou e ficou olhando para o seu irmão que estava sentado na cama, assim que notou a presença, seu irmão se levantou e fechou a porta do quarto, mas antes, mostrou a língua para Hongjoong. Pensou em bater na porta do quarto de seu irmão, mas achou melhor deixar pra lá; achou melhor ir para o seu quarto. 

O quarto de Hongjoong se encontrava escuro, apalpou a parede para encontrar o interruptor. Ao o encontrar, acendeu a lâmpada ㅡ ele havia se esquecido que havia prometido para si mesma, e para a sua mãe, que iria organizar o seu quarto assim que chegasse do trabalho, mas agora, já era tarde, não dava mais tempo. Resolveu deixar para o dia seguinte, se sentia exausto pelo dia de hoje.

Caminhou em direção de uma cômoda que ficava próxima da janela, mas acabou tropeçando em um de seus calçados que estava espalhado pelo quarto. Ele os pegou e colocou em um lugar onde ele julgava ser seguro. Se colocou diante do móvel e abriu uma das gavetas, onde ele tirou uma foto de alguns anos atrás. Nela estavam Seonghwa, Yunho e o próprio Hongjoong. Seonghwa estava com uma cara de poucos amigos, ele não estava nem um pouco feliz por Hongjoong ter convidado Yunho para ir a uma festa naquela pequena cidade que acontecia todos os anos.

A festa costuma atrair pessoas do país inteiro, era quase uma atração turística daquela cidade com poucos habitantes. Yunho, naquele dia, estava afim de provocar Seonghwa, mas quase acabou em uma briga entre os dois, obrigando Hongjoong ir embora mais cedo. Ele havia se irritado com a atitude de seu namorado e de seu amigo. Para o seu arrependimento, que insistia em perseguir aquele garoto com uma foto na mão, que se arrependia todos os dias por ter sido grosseiro com o seu namorado no dia que seria o último que ele o veria. Ele se perguntava por que não havia pedido desculpa no dia que eles se viram na floresta.

A mãe de Hongjoong entrou no quarto do filho em silêncio, assim se manteve até sentar na cama de seu filho.

ㅡ Você disse que iria arrumar o seu quarto assim que chegasse do trabalho. ㅡ ela o lembrou.

ㅡ Amanhã eu arrumo. ㅡ disse Hongjoong olhando para a foto em suas mãos.

ㅡ Faz tantos anos que ele se foi. Já pensou em dar uma chance para o Yunho? Ele parece realmente gostar de você. ㅡ sua mãe sugeriu.

O que será que tem na lua, Seonghwa? (Seongjoong)Onde histórias criam vida. Descubra agora