Ameaça - Medo - Revelação.

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A mulher se aproximou vagarosamente. Seus movimentos eram simples, porém, o ar ao seu redor ganhava um peso opressivo, como se uma intenção ruim permeasse o ambiente

Enquanto avançava, o som de seus passos ecoavam no silêncio angustiante. Cada batida do coração da pobre garota ressoava em seus ouvidos, como um tambor acelerado anunciando a iminência do perigo. A tensão era quase palpável, o próprio espaço se contraia, asfixiando-a. A sensação de estar encurralada aumentava a cada centímetro que a mulher se aproximava.

Os dedos da opositora estendiam-se em direção aos cabelos da garota, que permanecia encostada no chão. O aproximar desses dedos eram como garras afiadas prestes a se fechar sobre sua presa. A proximidade era sufocante, a respiração ofegante da garota estava misturando-se ao ar pesado. Cada segundo parecia uma eternidade. Foi então que...



— Eu não acredito....Você... — Ela cuspia cada palavra. Suas mãos, que antes ansiavam por agarrar os cabelos da garota, relaxaram e libertaram suas mechas, como se fossem tentáculos acariciando o ar.



A virgem sagrada do templo tinha uma expressão assustada. Seus olhos brilhavam, e o único som no banheiro era o ruído vindo do lado de fora. 

   Debaixo do vestido branco da garota, um líquido translúcido com pequeno odor característico, escorria e se espalhava pelo solo.




— Eu simplesmente não acredito! Eu mal toquei em você e já se mija toda! Que coisa mais fofa! — A expressão distorcida e ameaçadora daquela mulher se acentua. Yochi, com o olhar baixo e os lábios trêmulos, não possuía coragem de a encarar, e apenas apertava os lábios, franzindo as sobrancelhas. Um esforço para conter suas emoções. Seus dedos estavam completamente cerrados no vestido.



"O que é isso que sinto...? Que sentimento é esse? Porque...Não consigo...Fazer nada?" 


Era um turbilhão de emoções conflitantes. Sentimentos de humilhação, raiva e até tristeza se misturavam, despertando memórias antigas em que, nessas situações, ela ansiava pela presença de alguém, principalmente de sua mãe. Mas e agora? O medo a paralisava, impossibilitando-a de articular palavras audíveis. Tudo o que escapava de seus lábios eram murmúrios incoerentes, incapazes de transmitir o clamor por ajuda.




— Me deixa ir... Embora...?





Por outro lado, a expressão da mulher parecia ter mudado para um sorriso. Como alguém poderia encontrar prazer na humilhação do próximo? Jogou o cabelo para trás com um gesto despreocupado, se olhando no espelho. Com movimentos lentos e deliberados, começava a passar um batom vermelho bem intenso, traçando uma linha sinistra que realçava ainda mais sua aparência ameaçadora. Como se estivesse se preparando para uma performance. O ato era apenas uma demonstração clara do prazer perverso que sentia ao exercer controle sobre aquela situação:





Os Contos da Rosa Azul - 01Onde histórias criam vida. Descubra agora