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Música:
Idontwannabeyouanymore (lyrics)
Disponível no YouTube
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Ando em direção ao meu quarto, sorrindo. Isso me fez ficar mais leve. Acho que vamos ser grandes amigas ainda.

[...]

Acordo depois de outro pesadelo, novamente. As cortinas fechadas dificultavam a minha visão do quarto, mesmo estando de dia. Sempre estranhei o quarto ser tão escuro, mas provavelmente era a posição que ficava a janela.

Coloco as pernas para fora da cama me espreguiçando. Calço a minha pantufa e vou em direção ao banheiro. Me encaro no grande espelho do banheiro.

- Novo dia, novas oportunidades. O que tem de novo para mim, universo? Me surpreenda. - digo, fazendo uma das minhas afirmações diárias.

Depois de tomar banho, coloco um vestido verde, sem alça, florido.

Saio do quarto pela porta da frente, encontrando Darkling sentado á mesa, tendo uma pequena reunião. Quando eles me veem, se levantam e se curvam, saindo rapidamente. A mesma cena de ontem.

- O que foi isso? - pergunto e Darkling continua a olhar os papéis, com a mão no rosto. Ele não me responde e eu me irrito.
- Darkling, o que está acontecendo? O que você vem escondendo de mim? - pergunto, tirando os papéis da mão dele, tendo a sua atenção.
- O que pensa que está fazendo? Eu estou resolvendo coisas! - ele se altera, com raiva. Me surpreendo com o seu tom de voz e pisco meus olhos várias vezes, tentando digerir.
- Eu também sou uma comandante, Darkling. - digo o encarando. - Preciso saber!
- Porque eu pedi ao rei! Eu te fiz ser uma comandante. Mas não se esqueça, Bloom: você é a segunda, não a primeira. - me afasto, o encarando sem palavras. Quando ele vê o que fez, tenta se aproximar, mas eu continuo me afastando. Me endireito e seguro as mão na frente do corpo, apertando as unhas na palma da minha mão e tentando não parecer afetada.

- Perdoe-me, Moy Soverenyi. Tive um equívoco ao achar que eramos iguais. Eu errei ao achar que merecia esse cargo. - ele tenta se aproximar novamente.
- Bloom...
- Se o senhor me der permissão, irei me retirar. - me curvo e saio rapidamente pela porta do meu quarto. Me encosto, trancando a porta e segurando o choro.

Eu não aguentava ninguém gritar comigo. Mesmo que tivesse superado meus traumas, ainda me dava lembranças. Não que fosse culpa dele, afinal, ninguém sabia sobre meu passado. Ninguém sabia sobre eu quase ter sido vendida. E assim ficaria. Quanto mais as pessoas sabem sobre você, mas elas podem te machucar.

Saio da parede e descido passar o dia no quarto. Não queria encontrar ninguém, não agora. Saio do quarto rapidamente e caminho em direção a biblioteca, o único lugar que eu iria hoje. Vejo uma empregada e falo para ela levar o café da manhã para o meu quarto e deixar na cama.

Ando mais um pouco e avisto as portas duplas da biblioteca. Abro e vejo as cores vibrantes de vermelho com dourado. Ela era de dois andares e era mais movimentada pelos novos grishas, que estavam começando agora.

Pego um livro sobre a língua Shu e um da língua de Fjerda. Mesmo que eu ame ler romances e leituras clássicas, não podia me dar ao luxo de não trabalhar. Posso até tirar o dia para mim, mas nunca faltar com meus compromissos. Aprender essas línguas era essencial para nossos negócios. Eu já sabia o básico, mas gosto de aprender mais profundamente. Talvez parte de mim queria provar que merecia esse cargo, afinal, as palavras do Darkling não saíram da minha cabeça em nenhum momento.

Pego os livros e saio voltando para o quarto. Quando chego, coloco eles em cima da cama e troco de roupa, colocando um vestido branco, semelhante as minhas roupas de dormir. Derrepente alguém bate na porta. A porta é aberta, revelando Fedyor.

𝑺𝒆𝒎𝒑𝒓𝒆 𝒂𝒐 𝒔𝒆𝒖 𝒍𝒂𝒅𝒐 - 𝑺𝒐𝒎𝒃𝒓𝒂 𝒆 𝑶𝒔𝒔𝒐𝒔Onde histórias criam vida. Descubra agora