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"E a sua única chance vai ser
Em alguma balada da vida
Eu te beijar sem perceber
Sem ver que é você"
-Vingança

2 de maio - Portugal🇵🇹

Luísa

—Tá uma loucura aqui, Jonas tá mais chato que o normal— Kiara reclama pela milésima vez do seu chefe.

—Ele precisa de um beijinho pra melhorar— Suas bochechas coram, nunca vou deixar de achar graça desse penhasco que ela tem por ele, queda não existe no vocabulário da minha melhor amiga.

—Luísa— Me repreende com o olhar, não resisto e começo a rir.

—Não está mais aqui quem falou— Levanto o braço em rendição— Mas você sabe que eu estou certa.

—Talvez, mas como estão as coisas aí? Golden, ex, trabalho, amigos, fofocas, gostosos.

—Conversei com Mick por esses dias mas tá uma correria também, o trabalho tá bem, tô gostando mesmo.

—E o meu namorido?— Diz me arrancando uma risada sincera.

—Bem, preciso apresentar vocês.

—Precisa mesmo, ele é tão bonitão pessoalmente quanto é na tv?

—Até mais— Kiara finge desmaio— Ele é bem seu tipinho, na verdade, de qualquer uma com olhos né.

—Tira o olho de Charles Leclerc, nem vem, você ja teve o seu.

—Falou certo "já", pode deixar que ele é seu.

Depois de falarmos um pouco da vida de todo mundo, Kiara precisa desligar mas antes me dá um sermão de como poderia estar aproveitando minha estadia em Portugal.

—Você precisa sair, dançar, beber um pouco e beijar umas bocas, anda muito estressada. Aproveita que está aí e vai falar umas baixarias em português.

[...]

A música eletrônica atinge meus ouvidos assim que entro na boate, a iluminação seria inexistente se não fosse pelas luzes coloridas piscam a todo momentos.

Levei o conselho de Kiara a sério, nos últimos dias/meses só tenho trabalhado o que é bom mas precisa de equilíbrio, e Kiara é esse equilíbrio e sempre será, queria que ela estivesse aqui para dançarmos até não aguentarmos mais.

—A mais uma semana— Brindo com Lissie, que assim que mandei o convite topou sair.

—Vamos dançar.

[...]

Ok, talvez, só talvez, Lissie tenha me dado um perdido.

Não tenho ideia das horas e nem ânimo para olhar no celular, a única coisa que tenho certeza é cansei e preciso ir embora.

Minhas pernas pesam toneladas depois de ficar em pé por mais tempo que eu sou capaz de dizer. Bebo mais um gole d'água, antes de avaliar o local, tem bastante aqui mas nenhum desses portugueses têm o tchan.

Volto minha atenção para o bar, ou melhor, para o barmen, que esse sim, tem o tchan.

—Ei, Harry, posso fazer uma piada bem idiota?— Ele sorri, um sorriso lindo aliás.

—Claro, linda.

—Cadê o Styles?— Sorrio, estou ficando doida mesmo.

—Não sei— Diz se apoiando na bancada— Mas podemos descobrir juntos, o que acha?

—Pode ser melhor que isso— Disse a que fez a pergunta mais idiota possível.

—Você também— Eu devo ter colado chiclete na cruz, não é possível.

—Que?

—Eu quero uma água, por favor— Harry sai sem entender o que acabou de acontecer, e eu fico, na mesma.

—Fala sério, você tá em uma boate em Portugal e veio pedir água?— Pergunto indignada, virando meu rosto para vê-lo, devido a luz a única coisa que vejo com clareza são seus olhos.

—Você tá bebendo água— Aponta pra minha garrafa, minha vontade é de jogar nele.

—O que eu quero dizer é, qual é o seu problema? Sério, ele é o único cara nesse bar minimamente interessante e você vem para estragar tudo.

—O seu cara minimamente interessante, já beijo 80% desse lugar— Reviro os olhos.

—E qual é o problema? Você não fez o mesmo?— Cruzo os braços ficando irritada, Max tem esse poder.

—Você não quer me beijar— Por que? Por que você disse isso? Desse jeito, nesse lugar e com esse olhar?

Merda, Max.

AlwaysOnde histórias criam vida. Descubra agora