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"Entra aí e toma um drinque
Porque a noite é uma criança"
-Festa no apê

4 de julho - Áustria🇦🇹

Luísa

"O que se passa na cabeça dela?"
É isso que eu penso enquanto Daniel dirigi em direção a festa da equipe vencedora de mais uma corrida, Redbull.

—Você colocou no GPS?— Pergunto vendo Daniel fazendo um caminho tanto quanto esquisito.

—Relaxa, tá comigo tá com Deus— Traduzindo: ele está perdido.

—Eu não posso morrer, viu?— Ele revira os olhos entrando em outra rua.

—Chegamos— Avalio a rua tranquila e a casa onde paramos.

Quando me disse "festa?" e eu respondi um ingênuo "sim", não sabia que entraria de penetra do penetra. Segundo Daniel, não iremos ser notados, disse ele com uma jaqueta laranja de gosto bem questionável.

—Lando já chegou.

—Meu Deus, vocês são muito cara de pau— É aquilo, hipocrisia está aí para ser usada então.

—Estressadinha, seu namorado nos convidou— Aperto os olhos pedindo paciência aos céus— Vamos logo— Dito isso ele sai do carro e para na calçada.

Já estou aqui mesmo, ir ou não vai mudar em nada. Ou é o que eu achava antes de entrar na casa, a música que de fora não parecia tão alta causa um caos dentro do local.

Tento andar ao lado de Daniel mas o tanto de gente que tem aqui, pensar que só nós somos penetras é ingenuidade, aposto que metade só foi chegando.

Apesar das luzes piscando conseguimos chegar ao bar, onde logo pedimos uma dose de alguma bebida. Me encosto na intenção de não ser empurrada.

[...]

Tem uma hora que estou aqui e tudo que penso é no que irei comer assim que sair daqui, minha barriga ronca, decido parar de beber antes que eu vá conhecer Jesus.

Daniel foi conversar com uma galera e sumiu, me mantenho no bar as vezes para alguém para conversar, as vezes rola uma dança mas não estaria tão chato se não fosse a fome.

Corro os olhos pelo local e algo vem a minha mente Max, não o vi desde que cheguei mas também o tanto de puxa saco que contém nesse lugar seria impossível chegar perto dele.

Balanço a cabeça expulsando o pensamento, não quero saber onde ele está ou com quem, de preferência não saber com quem ele está.

Me viro para pedir uma água sinto a mão de alguém na minha cintura, não preciso me virar ou esperar que a pessoa fale, sei exatamente quem é.

Só foi pensar no abençoado.

Seu perfume ganha e toma espaço no pulmão me deixando meio zonza, sua respiração batendo contra minha nuca, origada, Luísa do passado por justo hoje ter prendido o cabelo, me arrepia e me sinto fora de órbita.

Culpo a música alta e a falta de álcool do sangue, por isso em vez da água quando vejo um uma dose de alguma coisa ser colocada no balcão me apresso em beber e logo escuto um resmungo, desculpa aí.

—Te achei— Sussurra próximo ao meu ouvido, bem próximo.

—Não sabia que estava sendo procurada— Resmungo irritada.

—Vem— Me puxa e começa a andar, Sua mão encontra a minha e começa a me guiar para algum lugar.

Chegamos a um corredor tumultuado mas não tanto quanto o cômodo anterior. Sua mão solta a minha é eu sinto falta imediatamente mas seus olhos me encontrando supre um pouco a falta do conta.

—Você está bem?— Balanço a cabeça concordando— Daniel?

—Por aí!

—Não sei quem é pior, eu que peço para ele ficar com você até eu chegar ou ele que não cumpre meu pedido— Proíbo as borboletas de acordarem pelo o que ele disse.

—Pode me levar até a saída? Estou perdida— Não sei como voltar, aonde estamos?

—Eu cheguei agora e você quer ir agora?— Resisto a vontade de perguntar onde ele estava, eu não quero saber.

—Não é sobre você, só quero ir embora— Falo quase fazendo birra, meu estômago reclama, minha cabeça dói— Eu preciso ir, ok?

🏆NOTA🏆

zero pretensão de aparecer aqui hoje, ainda mais pós enem mas foi impossível resistir

INTERLAGOS É NOSSA, ganhamos e estoy mui feliz

AlwaysOnde histórias criam vida. Descubra agora