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"How do i say goodbye"
-How do i say goodbye

Luísa

Seco minhas mãos soadas na calça pela milésima veze, olho ao redor e tudo permanece na mesma, alguns conversam, outros estão no celular e o resto espera ansiosamente a relargada do GP. E eu, me sinto como um trem desgovernado a procura de algo para me segurar, meu coração pesa, minha cabeça dói, minha maior vontade nesse momento é acelerar o tempo para que essa corrida acabe.

Tudo bem, repito pra mim mesma, está tudo bem. Não me movo, não consigo, mas minha mente corre a 300 Km/h sem rumo com tantos pensamentos.

Fecho os olhos e me vejo no hospital, aqui está silêncio, é agoniante, escuto as batidas no meu coração acelerado. Olho ao redor e só vejo uma pessoa, Sophie, mãe de Max, seu estado me da calafrios, mas continuo, preciso andar, preciso saber.

—Ele se foi.

Não. Não. Não. Não. NÃO

Ouço meu nome de longe mas não consigo saber quem é, sinto um medo, uma angústia, coisas que só experimentei uma vez, parece pior. Me sinto caindo, caindo, caindo e não tem onde eu possa segurar e só o abismo.

—Ei, lu— Sinto meu corpo sacudir, identifico a voz de Kiara, tento ficar nela mas não consigo, sigo vendo Sophie e escutando seu choro aterrorizante— LUÍSA!

Abro os olhos no susto, me deparando com a cara assustada da Loira. Me vejo aos prantos assim que volto a realidade, era um pesadelo, um dos piores. Sinto meu corpo tremer, o ar faltar mas me esforço para consegui-lo.

—Foi tão real— Me agarro no seu corpo, a apertando.

—Eu estou aqui, tá tudo bem agora.

Não sei quanto tempo ficamos assim, quando nos soltamos e pelo toque incessante do celular. Kiara vira a tela mostrando o nome de Lando, ela atende mas não presto atenção.

Tomo um banho tentando me livrar das sensações e dos pensamentos, não tenho sucesso.

—Lando, precisa da minha ajuda, vai ficar bem?— Concordo de leve— Estou com o celular.

Kiara me conhecer melhor que eu mesma, sabe quando preciso ficar sozinha ou quando preciso de um carinho. E agora, é um dos momentos que preciso ficar sozinha mas antes preciso falar com uma pessoa.

[...]

—Se você abrir essa boca de sacola— Ameaço e Charles imita um zíper na boca.

—Não sei de nada, não vi nada, primeira dama— Reviro os olhos.

Precisei pedir ajuda, o plano era perguntar na recepção porém iam achar que eu era mais uma fã obcecada, tive que apelar, sem bom senso, para o fofoqueiro mais sonso de todos: Leclerc.

Como todos estão exaustos da viagem, pulamos o café, assim, todos estão nos seus devidos quartos ainda.

—Entregue.

—Obrigada— Deixo um beijo na sua bochecha e espero ele ir até o elevador, ganho uma piscada quando a porta se fecha.

Respiro fundo, conto até dez para tomar coragem. Penso em desistir mas lembro do que senti a alguns bons minutos.

Bato na porta e aguardo impaciente. Ela se abre, mostrando um loiro de cabelo bagunçado e expressão confusa.

🏆

VOLTEEEI em comemoração a 1º vitória do nosso papaya Landinho e a vitória do príncipe de mônaco em mônaco (acabou a maldição

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