"Relações"

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Ryan é canônico, filho biológico do Bruce com a Selina.
Aqui, porém, ele tem uma nova origem.

A idade dos personagens a baixo, para ajudar.

Dick: 23
Lance: 21
Cass: 19
Jason: 19
Stephanie: 18
Turner: 18
Duke: 18
Tim: 17
Ryan: 12
Damian: 8

.  .  .

Relacionamentos significam várias coisas; amor, amizade e fraternidade. Um relacionamento de irmãos ou um relacionamento de noivos. Pode ser bom ou ruim. Doce, gentil e respeitoso, ou um completo pesadelo.

Relações são... Complexas, mesmo as mais simples.

E Damian entendia que as suas relações familiares eram complicadas, não ruins (exatamente), apenas complicadas demais para uma criança de oito anos entender.

Ele entendeu isso melhor em seu aniversário, um mês atrás, quando todos na Mansão pareceram super entusiasmados e murcharam quando ele perguntou 'porque vocês querem comemorar meu aniversário?'.

(Sua missão de vida virou achar o presente perfeito e fazer um bolo enorme depois disso.)

Todos seus irmãos (e ele tinha nove) eram... Estranhos, na falta de uma palavra melhor. Damian não os entendia direito. Claro, alguns eram tão expressivos e amavam abraços e isso ajudava a entender seus pensamentos. E, também, tinha aqueles super quietos e que estudavam linguagem corporal e também era fácil ficar com eles apenas em silêncio.

Mas tinham os completamente diferentes.

O garoto não gostava de não poder entender nada, quando eles falavam e ele não escutava, ou como eles pareciam tão confortáveis com gritos e toques inesperados — e Damian não, então ele era o esquisito ali.

Às vezes ele era pego de surpresa por algum de seus irmãos. Sabe? Nos abraços de Grayson, apertados demais para Damian, e nas brincadeiras de Lance, confusas demais pro garotinho.

Porém, foi no seu aniversário que pareceu mais confuso.

Lance, que normalmente era quieto ou só falava uma piadinha cruel, bagunçou seus cabelos assim que ele saiu do quarto e sorriu antes de se afastar.

Damian ficou um tempo olhando para a porta do quarto do loiro, pensando qual tipo de toxina tinham injetado nele e descendo com a intenção de perguntar a alguém o que aconteceu. Ele não teve tempo, porém, porque assim que pisou na sala foi sufocado com muitos sorriso e gritinhos animados. Stephanie tinha dois chapéus pontudos e dolorosamente coloridos nas mãos, além daquele na cabeça, e começou a perguntar a criança qual ele preferia e falar sem parar sobres suas próprias preferência e sem o dar tempo de responder enquanto parecia querer dar pulinhos para acompanharem sua voz alegre. E Damian ficou calado, até que a voz da loira começou a baixar e ela se calou. Grandes olhos verdes a observaram, a estudando, tentando entender, e então ela apenas sorriu de leve (carinhosa demais e compreensiva ao extremo) e se abaixou a altura dele sussurrando um 'bom dia, coelinho' e deixou um beijo em sua testa. Ela limpou o brilho que ficou ali e subiu as escadas depois disso.

O pequeno piscou, arrumando seus pensamentos, e ele não quis falar depois por um longo tempo (e está tudo bem, Dick disse a ele no fim daquele dia. Se você não quiser falar, não fale, nós podemos achar outro jeito de nos comunicarmos quando estiver se sentindo assim... Ou não, se quiser ficar sozinho).

Ele seguiu para cozinha, novamente sendo atacado. Sentiu que braços o rodearam e ele foi puxado para cima, ele reconheceu aquele cheiro doce e confortável e abraçou o pescoço da pessoa. Dick sempre o abraçava ou pegava o colo de surpresa, ele se acostumou, na maioria das vezes ele até gostava. Tinham poucas vezes que ele não queria ser tocado por ninguém, nem por Dick, e nessas vezes ele apenas escapava dos apertos e fazia uma careta (para escutar aws e ows e ver o sorriso compreensivo de Dick, que passava a pedir para encostar nele durante o resto do dia).

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