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Todos os dias da semana, Aomine e eu almoçamos juntos. Sendo esse o único horário que não discutimos porque estamos ocupados comendo, mas as vezes damos um jeito de brigar nem que seja por gestos. Hoje estamos comendo caril. Aomine até que não é tão irritante quando está calado. Ele comprou um refrigerante para ele e suco para mim

— Você vai em algum festival no outono? — eu perguntei e dei um gole na minha bebida — Minha vovó está insistindo para eu e meu irmão irmos

— Talvez  — ele disse comendo da sua marmita e então me olhando — Acho engraçado age como uma delinquente, mas chama sua avó assim — eu o fuzilei com o olhar

— Já estão fazendo um piquenique sem mim? — disse Momoi abrindo a porta do terraço. Ela subiu as escadas e se sentou no tatame perto de nós

— Você só participa se tiver trago algo — falei. Ela abriu sua mochila tirando sua marmita

— Sobre o que estavam falando?

— Festival de outono — comentei e seus olhos brilharam

— Ótimo! Ontem eu fui em várias lojas até encontrar  o kimono perfeito já que o meu antigo está pequeno para mim. Vamos todos juntos no festival! — ela disse animada

— Eu não disse que ia — disse Aomine pegando um pouco da comida de Momoi. Ela olhou feio para ele e ofereceu de sua comida para mim, mas eu recusei já estando cheia

— Mas vai! Que dia é melhor para você Naomi? — perguntou a garota ignorando o montanha

— Qualquer domingo que eu não tenha apresentação estou livre — falei guardando minhas coisas. Eu olhei para as montanhas vendo que o topo delas ainda estava verde. Daqui a algumas semanas já começariam a embranquecer. Eu olhei para os dois, para nosso "piquenique" e para como tudo parecia perfeito

— ... você não concorda Naomi? — eu sai do meu transe e olhei para a garota

— Oi? — perguntei

— Você ouviu nada né? — eu cocei minha nuca. Aomine guardou suas coisas e me entregou a marmita

— Vamos — ele disse se levantando. Eu coloquei meus fones ouvindo Bubble Pop Electric - Gwen Stefani. Eu escovei meus dentes no banheiro e conferi meu cabelo. Hoje o usava em duas tranças com laços brancos nas pontas. Ele estava um pouco a baixo dos meus ombros e minha franja já estava nos meus olhos de novo. Porque franjas cresciam igual capim? Sai do banheiro o vendo encostado na parede me esperando. Ele desencostou dela e saiu andando. Nós fomos até o estacionamento da escola onde Aomine abriu o compartimento da moto e jogou meu capacete para mim. Eu abri minha mochila tirando uma cartela de adesivos e comecei a colá-los no capacete  — Ei o que você pensa que está fazendo com meu capacete?!

— Deixando ele mais interessante — falei colocando os adesivos coloridos e balançando a cabeça com a música baixa que tocava em meus fones — Além de que você não usa ele então ele é mais meu que seu — eu olhei para o garoto vendo sua cara de desgosto. Ele pegou o capacete da minha mão. Eu pensei que ele ia arrancar os adesivos, mas ele só enfiou o capacete na minha cabeça de qualquer jeito como fazia sempre

— Que idiotice — resmungou subindo na moto e a ligando. Eu subi e passei os braços pela sua cintura. No caminho eu peguei alguns adesivos de caveira e estrelas e colei em seu capacete desajeitadamente — O que está fazendo? — ele questionou quando eu soltei sua cintura. Continuei colando os adesivos. Ele tirou uma mão da moto para afastar minha mão, mas quase nos fez cair. Eu automaticamente agarrei sua cintura e ele colocou a moto em linha reta

— Você é suicida porra?! — eu gritei por cima do barulho do vento. Eu ia tirar minhas mãos de novo para colar os outros adesivos, mas ele acelerou me impedindo de o soltar. Dei um biliscão de leve em sua barriga. Ele estacionou na frente do ginásio e eu desci da moto. Tirei o capacete e coloquei alguns fios de cabelo que tinham escapado das tranças atrás das orelhas — Estraga prazeres — ele tirou o capacete e olhou os adesivos. Sua cara azedou com desaprovação

𝑼𝒎𝒃𝒓𝒆𝒍𝒍𝒂-𝐴𝑜𝑚𝑖𝑛𝑒 𝐷𝑎𝑖𝑘𝑖Onde histórias criam vida. Descubra agora