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Olhei para o céu nublado. A neve tinha dado uma trégua. As nacionais eram essa semana então tudo o que queria era manter meu foco. Meu pai voltar sem avisar não ajudava em nada. Ouvi o barulho de uma moto familiar e me levantei do degrau da entrada de minha casa. Peguei a caixa do meu lado e escondi atrás de minhas costas. Andei até o garoto e sorri quando o vi tirar o capacete e balançar o cabelo

— Para você — falei estendendo o presente para ele. Aomine olhou do embrulho para mim surpreso, mas logo pegou a caixa

— Feliz Natal para você também — falou me dando um beijo. Ele desceu da moto e a levou até a garagem — Como você está? Se acalmou? — perguntou se referindo a ligação de ontem a noite que falei sobre meu pai irritada

— Mais ou menos. É estranho ele forçar intimidade depois de sumir das nossas vidas — falei cruzando os braços. O garoto me analisou e sorriu abrindo o compartimento da moto de lá tirou uma caixa mal embalada

— Eu tentei embalar, mas não levo muito jeito para isso — disse colocando uma mão na nuca e me entregando o presente. Abri a caixa grande vendo uma pelúcia réplica da que ganhamos no cinema, mas 5 vezes maior. Ela usava headphones feitos de crochê. Olhei para o garoto que parecia esperar por uma resposta — Eu sei que você já tem muitas, mas você sempre está comprando mais mesmo ganhando tantas... — falou tímido

— Eu adorei! — falei fascinada pelo presente. O vi soltar o ar que prendia e sorrir de lado

— Pedi para minha avó fazer os fones. Depois do seu campeonato ela disse para eu te levar para conhecer ela

— Sua vó deve ser uma amor — falei ainda admirando a pelúcia. Desviei minha atenção para o garoto. Era engraçado pensar que alguns meses atrás o odiava e agora estava o apresentando a minha família. Aomine abriu seu presente e arregalou os olhos. O olhei nervosa querendo saber se tinha gostado

— Na Alemanha, durante as sessões de fotos, posei com alguns atletas de outros esportes. As fotos ainda não foram ao ar então por isso você ainda não comprou — tagarelei — Eu sei que você gosta desse cara e o pedi para assinar uma blusa

— Mentira — falou sem acreditar — Essa é a melhor coisa quue ja ganhei — soltei o ar que também segurava. Ele guardou a camisa na moto, veio até mim e passou o braço pelos meus ombros

— Seu pai é como seu irmão? Ele vai querer me esfaquear se me ver com você? — perguntou

— Não, é capaz de meu pai gostar mais de você do que eu gosto — falei abrindo a porta. Vovó foi a primeira a cumprimentá-lo — Daiki essa é minha avó Olenna Aoki — a velhinha abraçou o garoto em um abraço caloroso

— Muito prazer senhora — falou enquanto era apertado

— Mas que garoto mais robusto e alto. Você deve ser um ótimo atleta — ela disse o analisando e apertando suas bochechas. Eu ri da cena vendo como Aomine queria sair correndo — Sentem-se na mesa já vou servir a ceia

— Pensei que vocês não comemoravam o Natal — comentou Aomine

— Bom, nós não somos muito religiosos, mas mamãe adorava fazer uma ceia no Natal. Ela dizia que era uma época para nos presentear e ficarmos felizes pela nossa família — falei me lembrando da mulher morena

— Sua mãe devia ser legal — meu irmão apareceu vindo da cozinha e seu semblante logo fechou ao ver quem me acompanhava — Fudeu

— Só tente não ser morto — falei me divertido com seu nervosismo — Shin você se lembra de Aomine Daiki daquela vez no hospital?

— Me lembro sim — disse meu irmão se aproximando e analisando o garoto
— Quer jogar uma partida? — disse meu irmão parecendo mais estar mandando do que pedindo

𝑼𝒎𝒃𝒓𝒆𝒍𝒍𝒂-𝐴𝑜𝑚𝑖𝑛𝑒 𝐷𝑎𝑖𝑘𝑖Onde histórias criam vida. Descubra agora