Depois que saiu da casa dos seus pais, ainda com um pouco de culpa por não cumprir a felicidade de ver o filho com uma família, Yibo demorou mais do que deveria em uma rua qualquer sem muita vontade de dirigir, mas, assim que se recuperou, ele voltou para seu apartamento, cumprimentou o porteiro e, no elevador, deu de cara com umas mulheres mais velhas — e o'que tinham de velhas tinham de fofoqueiras mas, como um ótimo em ignorar certas coisas, ele fez o mesmo com elas, mesmo sabendo que assim que saísse do elevador, elas iriam falar, tais comentários como — tão bonito e sozinho, ou fiquei sabendo que ele desprezou o coitado do noivo no dia do casamento — ele odiava certos vizinhos também.
Assim que chegou no corredor do seu andar, ele revirou os olhos ao avistar Yang parado em sua porta com uma caixa de pizza e uma garrafa de tequila — ele sabia que daquela noite, iria sair com uma desgraçada ressaca —
— Feliz em ver o mais bonito da família, Yibo — com um sorriso arrogante no rosto, o homem perguntou encostado na porta quando o ômega se aproximou dele.
— Você ainda se acha, hein? Tenho pena de você.
Yibo sabia que o amigo tinha feito uma careta quando ele falou e virou as costas para abrir a porta, deu passagem para o alfa entrar e fechou, jogou as chaves em qualquer lugar e foi para a cozinha pegar dois copos e ao chegar na sala, Yang já estava sentado no chão perto da mesinha do centro.
— Eu fiquei por meia hora parado em frente a sua porta te esperando, e nem pude ligar porque meu celular descarregou.
— Eu estava na casa dos meus pais jantando com eles, você teve sorte que eu não decidi dormir em um hotel. — colocando bebida para eles, Yibo falou.
Assim que Yang tomou um gole da bebida, ele pegou um pedaço de pizza e confortavelmente, colocou os pés no colo do ômega sob o olhar incrédulo dele com tamanha ousadia. Yibo se encostou no sofá e preferiu comer primeiro, relaxando com o silêncio que não demorou a ser quebrado.
— Ah, acredita que enquanto eu estava parado na sua porta, sofrendo com a sua demora, a porta da frente abriu e saiu um cara, ele me olhou com cara de poucos amigos e saiu. Só deve ser um mal humorado.
Yibo olhou para Yang e lembrou de Xiao zhan, só poderia ter sido ele a sair e achou estranho o jeito que o amigo demonstrou.
— Ele é o meu vizinho, e também trabalha na escola, dono dela pra ser mais exato. — Yibo deu de ombros sem muito interesse no homem.
— Ah, mas sério, se eu fosse um ômega e morasse de frente a porta dele, eu já tinha me jogado naquele colo.
Yang disse despreocupado e Yibo se engasgou, olhou incrédulo para o alfa que começou a rir de sua cara, e em parte ele estava surpreso com aquela sinceridade que poucos alfas tinham em ter.
— Já olhou pra ele? E aí, não tem vontade de pegar não? Olha, eu não sou idiota não, mas eu acho que ele não gostou de mim só porque eu estava esperando por você e porque eu sou bonito. — Yang deixou de mencionar o fato de que o alfa perguntou oque ele queria. — Você transou com ele.
— Não, eu não transei, assim como não é da sua conta seu fofoqueiro. — resmungou, mas Yang não estava nem aí e só começou a rir.
Depois de mudarem de assunto, eles passaram a beber sem parar, Yang ligou a televisão e começou a cantar desafinado para a tristeza de Yibo que não demorou a se juntar a ele, bebiam, dançavam como se não houvesse amanhã, enquanto também se jogavam no sofá.
E, sem condição de ir embora, Yang acabou dormindo no sofá enquanto Yibo estava praticamente desmaiado na cama.
(...)
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𝐈𝐧𝐞𝐯𝐢𝐭𝐚́𝐯𝐞𝐥 𝐃𝐞𝐬𝐭𝐢𝐧𝐨 || 𝐙𝐡𝐚𝐧𝐲𝐢
RomansDesde que deixou o seu noivo diante do altar após, perceber que nada do que viria a partir do - sim - era oque desejava para ele, Yibo disse a si mesmo que não iria se envolver com ninguém que apresentasse querer mais do que uma noite. Mas, depois...