introdução/prologo

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Luke definitivamente não queria ser um semideus.

Com nove anos, as pessoas deviam ter preocupações bobas como escola e amigos ou até mesmo lição de casa, mas sobre ter medo de ficar doido que nem a sua própria mãe, não é uma delas.

Ele também não queria fugir de casa e descobrir da pior forma que não é insano como sua mãe Mey depois de ter um encontro com um monstro, porque antes daquele momento pensou seriamente que os bichos que via na rua eram coisas de sua mente perturbada que herdou de mãe, mas infelizmente descobriu tardiamente que nada ia ser fácil.

Nem mesmo seu começo nesse mundo perigoso e insano.

...

Foi rápido em aprender que cortes chamam a atenção daqueles monstros, principalmente quando sangue cai no chão e monstros não costumam andar sozinhos por aí.

Então, depois de mais uma vez voltando para casa correndo, e tendo que se curar sozinho porque sabe-se lá onde sua mãe estava, Luke decidiu finalmente ir embora daquele lugar. Lidar com bichos que querem te matar já era uma coisa estressante, ter que cuidar dela e nem mesmo ser reconhecido foi pesado demais até para ele.

Então, numa manhã bem antes do sol decolar sobre o céu, Luke juntou em sua mochila mantimentos, cobertores e algumas roupas. Um pequeno olhar sobre a caça o fez chegar naquela adaga brilhosa que sempre ficava na mesa perto da porta, e sem nem mesmo pensar muito, passou a mão pela porta e foi se embora.

5 anos depois.

Viver sozinho e andando por aí não foi tão difícil como muitos diziam que ia ser. Ou como mostrava na TV, na verdade é bem normal, viver perto de florestas onde conseguia passar a mão na comida de campistas e ter um conhecimento de monstros que vinham em sua direção se torna uma rotina.

Tinha uma pequena base num ônibus abandonado, onde orgulhosamente chamo de "canto do Luke" e mesmo tendo uma vida menos tensa que tinha há anos atrás, ainda é muito solitária. Sentia falta dos poucos amigos da escola e bem de ver a mãe andando pela casa como um fantasma falando sobre seu pai e como ele era um deus.

E depois de alguns encontros com monstros falantes, finalmente começou a aceitar que de fato poderia ser filho de algum deus, um deus que não parecia nem um pouco incomodado com seu filho andando pelo mundo sozinho e fugindo de monstros.

Foi em suas patrulhas que ouviu resmungos e gritos vindo do norte, ótimos ciclopes, chegou na espreita já com adaga na mão. De todas as coisas que usou para matar monstros, a adaga foi a melhor coisa. Com um simples encostar, o monstro explodia em fumaça dourada.

Só de chegar mais perto, viu uma moça de cabelos pretos e bem menor ainda ali enquanto lutava com cães infernais e outros seres. Luke ponderou por um tempo se ajudava ou não, tinha um código de autossuficiência, mas só de ver as duas com monstros que nem os seus problemas matinais, foi ao auxiliar.

No momento em que ele entrou, ele acabou com a luta, cortes simples e certeiros nos animais os fizeram rugir antes de puxar e, quando voltei para as duas, foi prensado contra o chão e enquadrado? Eles faziam parte da guarda infantil, já tentaram pegar antes. Aquilo não era uma boa lembrança, depois descobrir que eram monstros também o fez se arrepiar.

- Quem é você? – Foi um rosnado no meio das palavras duas.

- Posso perguntar o mesmo? – Luke a derrubou no chão, tomando um espaço bom entre as duas. – E que diabos fez? Estava te ajudando, não notei não?

O som de algo maior vindo fez Luke recuar um pouco. Apreensivo para aquilo que vinha, que não passava despercebido pelas duas e antes de qualquer nota, ele colocou as duas para correr, levar para sua base, definitivamente não, mas afastá-las da possa de sangue, possivelmente sim.

A queda do heróiOnde histórias criam vida. Descubra agora