3.Yamagushi Tadashi

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Vê-la chorar era tão doloroso, ela não deveria ter que sair no meio da aula porque passaram bilhetes que diziam mentiras sobre ela. S/n não deveria acreditar naquelas palavras que pessoas que nem as conhecem escreviam.

Não era de agora que intimidaram S/n na escola por conta do seu peso, isso vinha acontecendo desde antes de começarmos a namorar, na verdade desde antes de virmos estudar na Karasuno, e eu já estava cansado de vê-la passando por isso diariamente.

Hoje ela não tinha nem conseguido vir à escola, porque passou a noite inteira chorando pelos comentários que recebeu na última foto que postou em seu instagram. A maioria das pessoas não aguentariam nem metade das coisas que S/n tem que ler ou ouvir diariamente.

– Eu juro Tsukki, não aguento mais o que elas fazem – reclamei andando com o loiro para o  ginásio.

– Porque você simplesmente não faz o mesmo, se elas gostam tanto de jogar as próprias inseguranças nos outros – deu de ombros enquanto respondia.

– Essa ideia não parece tão ruim na verdade – murmurei para mim mesmo olhando para aquelas garotas rindo perto do portão – mas desse jeito vai ser fácil me acharem, elas podem só me bloquear e continuar – resmunguei trocando meus tênis.

– Vamos logo Yamaguchi – falou entrando no ginásio.

– Claro Tsukki – respondi o seguindo.

[...]

Senti meu telefone vibrando na cama, fazendo eu me virar para atendê-lo ainda com sono, sem nem ver o identificador de chamadas antes.

– Tadashi – acordei de vez ao ouvir sua voz chorosa do outro lado da ligação – eu não quero ir amanhã para a aula, olha o que estão me mandando – botei o celular no viva-voz quando chegou uma notificação.

Abri o aplicativo de mensagens, vendo uma montagem do rosto de S/n no corpo de um porco escrito "porca suja" logo em cima. Apertei meu celular com ódio, querendo poder fazer algo para acalmar minha namorada, e fazer aquelas garotas se arrependerem disso.

– Meu amor, você quer que eu vá passar o resto da noite com você? – perguntei vestindo meu casaco do time por cima do pijama.

– Não precisa se preocupar, e-eu só queria falar com você – respondeu parecendo segurar um soluço.

– Deixa a sua janela aberta, em menos de cinco minutos eu vou estar aí – avisei largando o celular para escrever um bilhete para minha mãe.

O colei na porta do quarto com fita, antes de sair correndo para a rua de trás onde minha namorada morava com sua família. Dei a volta para os fundos da sua casa, procurando pela janela aberta de seu quarto para entrar.

S/n estava encolhida em sua cama, chorando sob os cobertores. Me aproximei com cuidado para não acabar assustando a menos, me sentando ao seu lado com os braços abertos, esperando ela se sentir confortável para se abrir.

Demorou alguns segundos até que ela se inclinou, começando a enrolar os braços em minha volta, enterrando o rosto no meu peito. A abracei fazendo carinho em seus cabelos, deixando-a se acalmar em seu próprio tempo, mesmo que demorasse alguns minutos.

– Você quer me dizer quem foi que mandou aquilo? – perguntei mesmo sabendo a resposta.

– A-aqui – me entregou seu celular desbloqueado mostrando o contato.

– Não se preocupe querida, eu não vou mais deixar elas ficarem te atormentado, prometo que vou resolver isso – falei subindo pelas dezenas de mensagens antes de bloquear mais um dos muitos números.

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