8.Tanaka Ryuunosuke

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Sobre a parte da boneca, é meio que um spoiler para uma história futura

Tanaka Ryūnosuke - amor obsessivo

Larguei o prato que lavava na pia, suspirando ao ouvir a campainha tocando novamente. Fechei a torneira largando a louça no escorredor antes de ir à porta, só para abrir e novamente não ver ninguém parado ali, só mais um buquê improvisado de flores largado no chão. Me abaixei para pegá-lo antes de entrar, largando sobre a mesa da cozinha junto com os outros.

– Quando ele vai parar com essa merda – resmunguei voltando a fazer minha tarefa.

Amanhã na escola eu conversaria com ele, o final de semana inteiro ficou aparecendo essas flores na minha casa, e eu sabia exatamente quem estava às deixando. Eu já estava cansada disso.

[...]

Caminhei até a sala do segundo ano, carregando uma sacola cheia de flores, não esperava que ele estivesse lá logo cedo, mas se precisasse eu esperaria um pouco até ele chegar, eu precisava falar com ele.

– Nishinoya, onde tá o Tanaka? – perguntei ao ver o garoto de cabelos espetados sentado em sua mesa, comendo um picolé.

– Yo-yoshida-san, e-eu não sei, não falei com o Ryuu hoje – coçou a nuca me olhando nervoso.

– Você mente mal, mas tudo bem, não me importo de ficar aqui até que esse idiota apareça – foi só eu falar que o careca entrou com os olhos brilhando ao me ver ali.

– S/n-chan, vo-você veio me ver – sorriu se ajoelhando para abraçar minhas pernas.

– Me solta idiota – tentei empurra-lo para longe, colocando a sacola de flores contra o seu rosto – e você pode parar de deixar essas coisas na minha casa, eu já disse para você que não quero mais que você vá lá em casa deixar essas flores estupidas, eu achei que tinha deixado claro, mas eu não me sinto confortável com você fazendo isso, eu mal te conheço – acabei tendo que chutá-lo para que ele me soltasse e saí correndo da sala, para não me atrasar.

Todo dia isso, todos os dias ele vinha atrás de mim, ou eu tinha que ir na sua sala pedir, ás vezes praticamente implorar para ele me deixar em paz. Eu me sentia perseguida na escola desde o dia em que fui visitar meu amigo no clube de vôlei no ano passado, desde então sempre onde estou ele também está.

Eu já tentei conversar com ele, mas a única coisa que ele fez foi dizer que só estava me admirando, que gostava de mim. E mesmo eu dizendo que não me sentia da mesma maneira, que não gostava dele, e só queria ter paz, ele nunca parou.

Cheguei na minha sala, me sentando logo a frente do Asahi que me olhava de maneira compreensiva, e já sabia o que ele estava escondendo. Estiquei a mão para o maior, que suspirou colocando a carta que ele roubou de cima da mesa para que eu não visse em cima. Agradeci ao mais velho me virando para frente, enquanto puxava meus cadernos cogitando se leria ao não aquele bilhete.

Optei por colocá-lo no bolso da mochila junto com todos os outros que eu tinha recebido só neste ano, ele tinha que entender que precisava parar com isso, não era saudável. No meio da aula puxei um chiclete da mochila, vindo junto com uma pequena boneca de pano.

– Mas que porra – sussurrei para mim mesma, a juntando do chão.

Ela tinha fios (c/c) imitando o cabelo, e usava um uniforme da escola. Aquela porra não estava aqui antes, eu nunca tive uma boneca assim, como isso apareceu na minha mochila. A coloquei sobre minha mesa, pegando a carta de Tanaka na mochila, já imaginando de onde aquilo teria aparecido.

"É difícil vê-la todos os dias e não te ter, eu te amo tanto, e só queria poder te chamar de minha.

Eu queria que você visse uma de suas versões que eu fiz, dormir todas as noites com ela, fecha um pouco do vazio que sinto por não ter você comigo

Com amor por Tanaka Ryuunosuke"

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⏰ Última atualização: Feb 28 ⏰

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