Amor no Paraíso

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Continuação...

Dias atuais... Bordel da Cândida.

A tensão entre eles ia só aumentando, Antônio temia por sua vida e Irene não tinha mais o que perder, o que fizesse naquele instante seria justificado como passional.

"uma jovem senhora, esposa de um milionário produtor de soja, pegou o marido com outra e se vingou matando Antônio La Selva com um único tiro no coração".

A manchete já estava ecoando na sua cabeça, quando percebeu Antônio começando a andar até ela e deu um tiro no espelho como estrategia para acuar a presa, ele a ensinou muito bem em todos esses anos.

— Eu sou a única mulher capaz de te defender se preciso for... Eu La Selva sou capaz de matar e morrer por você _ disse com um certo rancor _ aí você me trai com uma rameira de quinta categoría, é isso Antônio?

— Ela não tem o seu molejo morena _ falou encantado naquela postura dela ameaçadora _ a cama nem balançou.

— Ah não? _ voltou a apontar a arma pra ele.

— Esse fogo só nos dois e ninguém mais _ levantou os braços em rendição.

— Só eu e você, seu canalha desgraçado, miserável e traidor? _ engatilhou o revólver e deu um sorriso sacana.

— Abaixa essa arma e vamos conversar Irene _ deu um pequeno passo pra frente.

Irene não era mulher de deixar seu casamento acabar por causa de uma mulher, ela era do tipo de pessoa que não deixava barato. Dois tiros em sequência foram disparados no quarto e o grito de dor foi ouvido pelo empregado que estava fora e entrou desesperado.

Anos atrás... Bordel da Cândida.

A música alta tocava enquanto algumas das garotas dançavam com seus clientes, essa era a rotina de todo dia para todas ali, menos para Irene que bebia observando o salão cheio. Ademir chegou sozinho se aproximou dela e quis lhe beijar, mas foi rejeitado, o que deixou o irmão mais novo de Antônio um tanto quanto aborrecido.

— Hoje não Ademir, estou esperando alguém _ saiu pelo salão tranquilamente.

— Desde quando é exclusiva mulher? _ foi atrás dela.

— Desde que existe um homem a bancar meu valor querido! _ parou na porta e sorriu ao ver o carro de Antônio parando.

— Homem te bancando como exclusiva dele? _ riu parando de andar _ quem é o louco?

— Louco eu não sei, mas inteligente com certeza ele é meu bem _ sorriu.

Foi Antônio sair do carro que ela correu atrás dele e se jogou em seus braços cruzando suas pernas em sua cintura e o beijando sem parar, estava com saudades do seu homem.
Ademir olhou mais de uma vez pra tentar acreditar no que seus olhos viram, a mulher estava com seu irmão Antônio, os dois juntos, mas como?

— Maldito, tantas vezes que eu disse pra não pisar aqui.

— Veio uma vez e já pegou pra exclusiva a minha melhor rapariga _ disse Cândida atrás dele e o fez se assustar.

— Ele veio quando eu não estava, pegou minha Irene e agora ela nem me quer por perto, isso não é justo _ respirou com ódio.

— A vida não é justa, seu irmão tem mais poder e charme pra conquistar a morena selvagem, você era só mais um.

— Meu irmão não casaria com uma rameira sem eira nem beira _ cruzou os braços _ Irene vai ser só diversão.

— Já vi outros como seu irmão pegar as melhores meninas e levar pra longe para casar, com Antônio não vai ser diferente.

Coração Alado 💓Onde histórias criam vida. Descubra agora