Pai de Menina

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Anos Atrás Fazenda La Selva...

Foi pela manhã que Irene teve a brilhante ideia de preparar um piquenique para os meninos, Caio e Daniel, ambos estavam se arrumando no quarto enquanto ela estava na sala com a chave do carro. Os minutos passaram e com a demora dos dois ela resolveu subir e quando estava no meio da escada sentiu o mundo girar e se desequilibrou rápidamente caindo pelos degraus e desmaiada com a testa sangrando. Com o barulho logo Angelina apareceu e chamou uma ambulância de imediato e a senhora La Selva foi levada ao hospital, Antônio chegou logo depois e quase enlouqueceu todo hospital indo atrás da mulher. Quando achou o seu coração se acalmou, sentiu a alma voltar ao corpo e se aproximou a beijando intensamente apaixonado.

— Minha morena que susto você me deu _ passou a mão no rosto dela pra se certificar que estava tudo bem.

— Eu tô bem, o médico disse que eu tô grávida de cinco meses _ seu sorriso era tão lindo que não se conteve _ ele já fez a ultra sonografia e vai ser menina.

— Menina? É sério isso? _ olhou o ventre dela e suspirou _ cadê o bucho de prenha?

— Sim é sério, o médico disse que por conta do meu porte físico eu não engordei muito e por isso não percebi meus quilos a mais.

Antonio não esperava por aquela notícia, depois de dois filhos varões ele iria ser pai de uma menina, em seu interior a alegria se mesclava ao nervosismo de criar uma garotinha La Selva dentro de poucos meses. Irene como esperado estava empolgada com a vinda da filha, mas agora estava preocupada com a reação do marido, como ele iria reagir  com seu machismo desmedido, depois que deu a notícia ainda não tinha escutado sequer uma palavra de reprovação da boca dele, isso lhe preocupava, o homem parecia em estado de choque.

— Por Deus homem! Fala alguma coisa logo, ou vou achar que não quer esse bebê _ falou querendo chorar e sensível.

— O que quer que eu diga? _ bateu as mãos e passou nos cabelos _ uma filha? Uma menina? Eu não tô preparado pra ser pai de uma garotinha.

— Você é o pai dessa menina, fala alguma coisa boa, não vem com seu machismo _ começou a se alterar _ é tua filha e tem os mesmos direitos que os meninos.

— Eu tô com medo, não sei ser pai de uma garotinha, se eu sou um bruto com você, imagine com ela? _ suspirou tirando aquele peso de cima dele.

— Antônio!? Nossa filha não vai ser de cristal não, ela vai se acostumar com seu jeito, vai te amar assim meu bem _ segurou as mãos dele e lhe sorriu mais calma.

— Posso chamar ela de Petra? _ tocou o ventre dela com cuidado.

— Claro, mas pensei que só fossemos escolher o nome depois _ falou encantada com o jeitinho dele.

— Sabe que eu gosto de chamar meus filhos pelo nome desde a barriga da mãe _ tocou seu ventre e beijou seus lábios de leve _ você é a mulher da minha vida minha morena!

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...Dias atuais Fazenda La Selva...

Irene acordou com um mau pressentimento, olhou seu marido ainda dormindo e levantou pra começar sua higiene íntima. Enquanto tomava banho, ainda muito pensativa enquanto a água caia na sua cabeça ela sentiu as mais frias de Antônio em sua cintura e gemeu com seus beijos, ali já não tinha volta atrás e com certeza o casal iria se atrasar pro café da manhã com a família.

— Huumm... Antônio por Deus, vamos nos atrasar pro café _ sentiu as mãos dele suspender seu corpo pelo bumbum e suas costas bater contra a parede gelada e gemeu naquele momento.

— Deixa atrasar Irene... Eu quero é você gemendo o meu nome sem parar _ beijou o pescoço dela e roçou seu peitoral em seus seios.

— Huuum... _ segurou ele pelos ombros e levantou o rosto, dando a ele mais acesso ao seu pescoço e busto.

— Que mulher eu tenho...linda e gostosa como sempre _ deu um tapinha na coca dela e sorriu com maldade _ vou caprichar morena.

— O que? Capricha...!? _ sentiu a primeira estocada e gemeu dolorida, Antônio era um bruto quando fazia daquele jeito surpreso.

— É morena, você é minha essa manhã toda _ pegou o bico do peito dela entre seus dentes e mordiscou de leve.

— E nossos compromissos homem? _ gemeu quando ele puxou o biquinho e soltou pegando o outro.

— Compromisso? _ deu uma gargalhada gostosa e a beijou com gana _ não sei de nada disso, eu só quero minha mulher.

— Huuumm... Meu marido acordou com a corda toda hoje verdade? _ puxou os cabelos das costas dele e sorriu malvada _ vem queimar esse fogo comigo.

— Vai se arrepender de ter falado isso morena _ em seus lábios se formou um sorriso maléfico.

— Eu nunca me arrependo meu querido _ acariciou seu rosto e beijou seus lábios com luxúria.

Foram alguns minutos intensos entre os dois no banheiro, ele parecia um animal no cio e ela a sua presa do coito, Irene não entendeu de onde veio todo aquele tesão, mas aproveitou como pôde, foi atendendo cada desejo sexual do marido, até ambos deitarem na cama novamente e totalmente exaustos.

— Amor, eu sei que não é hora agora, mas tô tendo uns pressentimentos ruins com a gente _ abraçou Antônio com força.

— Nada de ruim acontece com Antônio e Irene La Selva Minha morena! _ falou com tranquilidade e beijou seus cabelos.

— É sério Antônio, você não sabe o que tô sentindo, um peso no peito _ arrumou o lençol em seu corpo _ tem algo que eu quero te falar há dias e não consigo.

— Agora me preocupou, fala Irene _ continuou do mesmo jeito na cama _ fala o que tá te tirando a calmaria.

— O fato da Agatha não estar no túmulo enterrada, e se ela estiver viva? Se voltar pra sua vida? E se você querer ela de novo? _ falou com um olhar triste e de decepção.

— Vamos voltar nesse assunto de novo Irene? _ sentou na cama e a encarou _ a Agatha tá morta e enterrada, não sei o que te faz pensar nessas coisas, mas é bom que esqueça.

— Eu vou... É besteira minha amor, coisa da minha cabeça, minha insegurança falando mais alto _ repetiu pra si mesma _ isso é pura invenção né mesmo?

Coração Alado 💓Onde histórias criam vida. Descubra agora