O Fogo da Paixão

602 39 17
                                    

Continuação...

Foram algumas batidas impacientes, o casal estava se encarando e demoraram alguns segundos para se tocarem que alguém chamava eles e não estava muito feliz com a demora de ser notada, a mulher falou mais alto e chamou a atenção dos dois.

— Berenice!? _ soltou Irene assustado.

— O que essa cascavel maldita tá fazendo na minha casa Antônio?

— Eu vou lá saber mulher, pelo amor de Deus não vai sair daqui e me deixa resolver tudo.

— Eu vou resolver, mas é na bala Antônio _ foi até a gaveta que guardava a arma.

— Não vai fazer besteira minha morena  _ correu atrás dela e a agarrou pela cintura _ eu te quero aqui do meu lado.

— Me larga Antônio, eu vou furar de bala essa vagabunda.

— Já basta _ virou ela e ficou lhe encarando.

— Eu não vou te perder pra essa vagabunda _ apontou a porta impaciente.

— Não vai morena _ acariciou seu rosto e lhe tascou um beijo apaixonado.

O barulho da mulher chamando foi diminuindo aos poucos, provavelmente Ramiro obedeceu às ordens do patrão e a levou pra longe da fazenda. Mas no quarto o casal ainda estavam de pé e se beijavam sensualmente, um querendo tirar o juízo do outro.

— Faz tempo que não me beija desse jeito Antônio _ segurou o rosto dele, desenhou seus lábios com o olhar e respondeu com um beijo mais profundo e picante.

— Faz mesmo... _ foi trazendo ela pra mais perto da cama.

— Tem outra coisa que não fazemos faz muito tempo _ olhou pra cama que ficava cada vez mais perto.

— Huuumm... Tem sim uma coisa que não fazemos a tempos minha morena _ parou de andar e sorriu sapeca.

Ele foi abrindo a camisa de botões bem lentamente, beijando a pele que deixava descoberta e puxando as alças do sutiã com a boca desceu uma por uma. E depois de deixar a camisa no chão passou os braços por trás dela e foi abrindo o fecho do sutiã e o deixou escorregar pelo corpo dela. A calça foi mais bruto pra tirar, deixou ela sem nada, nem os saltos escaparam e os tirou dos pés dela sem demora, deixando Irene apenas com o colar de ouro branco que trazia em seu pescoço.

— Você é uma perfeição, sempre foi e os anos te deixaram ainda mais interessante _ começou a rodear o corpo desnudo da esposa.

— Interessante de que jeito La Selva? _ colocou a mão no queixo pensativa.

— No jeito sexual de ser senhora La Selva _ foi sincero e parou nas costas dela abraçando sua cintura e beijando seu pescoço roçando sua barba em sua pele macia.

— Eu me lembro bem do dia que me pediu em casamento _ acariciou sua cabeça, sentiu seus cabelos entre seus dedos e fez a mesma coisa em sua barba.

— Eu também lembro, foi o dia mais feliz da minha vida antes do nosso casamento _ jogou ela contra a cama ajoelhada no chão.

— Sim, foi o dia que eu disse meu segundo sim pra você La Selva _ esticou os braços e sentiu ele amarrar seus punhos com uma corda de sisal fina e sorriu satisfeita.

— Eu tenho tanto tesão em você minha morena _ segurou ela pela cintura e a colocou deitada com dois travesseiros embaixo do seu ventre.

— Antônio... _ abriu um pouco as pernas e olhou pra trás de relance vendo o olhar de predador do marido _ eu não tenho sido uma boa esposa?

Ele que começava a tirar a roupa parou e sentou ao lado dela abaixando o rosto pra ficar bem pertinho do de Irene, beijou seus lábios sincero e olhou em seus olhos com carinho.

— Eu não soube controlar meus baixos instintos meu bem _ tocou seu rosto e a beijou pra novamente ficar de pé.

— Então ainda me ama Antônio La Selva? _ sua voz era carregada de insegurança.

O homem apenas sorriu. Tirou suas roupas se posicionou sobre ela e com os joelhos colados no colchão foi cuidadoso ao penetrar sua mulher, há muito tempo não tinham intimidade e sabia como Irene era sensível, e para não lhe machucar tomou todo cuidado possível.
Foi intenso, Antônio lhe tomava como uma fera que queria saciar seus desejos carnais, Irene apenas desfrutava de todo aquele fogo do marido. Seu traseiro vermelho e a marca da mão seu homem na sua pele só aumentava o desejo daquela mulher, era como jogar mais lenha na fogueira.

— Huuumm... Por favor Antônio me vira logo _ pediu num fio de voz.

— Quer olhar pra mim? _ sua fala saiu arrastada de tanto tesão.

— Sim, quero ver o animal que me ama _ implorou juntando as mãos no fim da frase.

— Não sabe como eu estou sedento por mais _ abaixou seu corpo cobrindo o dela e puxou seus cabelos virando seu rosto e a beijando.

— Aaaahhhh... Antônio _ tinha os olhos fechados e respirava ofegante.

Não teve demora e assim que virou Irene viu em seus olhos o desejo de todos aqueles anos juntos, compartilhando histórias e uma vida a dois, por um momento se sentiu culpado, mas não deixaria esse sentimento estragar o agora. Sentiu seu membro duro novamente e não perdeu tempo, a penetrou com mais força e a medida que forçava o corpo dela a subir e descer apreciava seus lindos e firmes seios numa sincronia perfeita e sensual.

Anos atrás quarto de ALS...

Quando Irene chegou na fazenda Antônio fez questão de deixar ela em seu quarto, o pedido que ia fazer seria importante e a mulher tinha que descansar num lugar confortável, o quarto dele era ideal pra isso. Além do que ninguém iria falar do doutor Antônio La Selva, dono de tudo e patrão de todos naquela região.
Ela amou todo aquele cuidado e carinho, além do luxo que tinha por ser mulher de Antônio, adorava ser mimada e ver todos lhe obedecendo como a senhora da casa.

— Que bom te encontrar acordada morena _ fechou a porta atrás dele e foi até a cama.

— Tava esperando você chegar pra dormir _ acariciou seu rosto e o beijou.

— Irene, o que acha de ser minha esposa? _ passou a mão nos cabelos dela e sorriu nervoso.

— Isso foi um pedido de casamento La Selva? _ disse sem acreditar.

— Foi, então aceita morena?

— Sim, eu aceito ser sua esposa Antônio La Selva _ o abraçou com força e nem se importou com a dor, apenas queria demonstrar sua alegria.


Coração Alado 💓Onde histórias criam vida. Descubra agora