ADEUS! ~ C15

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* Agora *

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* Agora *

Pov: Atsushi

— Isso deve ser um engano! — questiono as últimas palavras do presidente — É alguma piada Dazai? — vejo pelo olhar de todos ali que eu deveria ser o último a estar sabendo de algo — Não...

— Ela fez sua escolha Atsushi — diz Dazai — Amália deve ser vista por nós como uma traidora da agência de detetives.

— Pensei que ela estava feliz trabalhando conosco. — disse Yukichi.

— Pelo jeito não estava! — diz Ranpo.

— Está errado — questiono — Porque ela faria isso? Amália estava feliz trabalhando conosco. Deve ser um mal-entendido... — procuro um argumento para a situação — Ela pode ter se infiltrado! É isso, ela não nos deixou não é? Só está infiltrada na máfia do porto...

— De nada adianta você procurar uma justificativa Atsushi — diz o presidente — Amália não estava presa a nós. Como qualquer membro da equipe ela poderia sair quando bem-quisesse. Lamento se você foi o último a saber, mas, daqui para frente ela não é mais nossa companheira.

Procurar alguma justificativa para atitude de Amália parece ser uma perda de tempo. Talvez eu deva mesmo aceitar oque todos parecem saber.

***
Pov: Dazai

Nossa aliança temporária com a máfia do porto já acabou. Amália lutou ao lado de Chuuya e eu. Mesmo querendo não demonstrar que sua “traição” não afetou somente Atsushi e os outros membros da agência, durante todo nosso trabalho junto precisei me conter a todo instante.

Eu não deveria estar tão incomodado com isso. A tantas mulheres que eu posso buscar e me envolver, mas, Amália tem algo único. Desde que a vi pela primeira vez, sua personalidade bruta e fria chamou meu interesse, eu há vi sorrir tão poucas vezes e mesmo assim guardo cada sorriso dela, como se fosse uma memória a qual eu temo esquecer. Ter tido ela em meus braços e lembrar do calor que o corpo dela já transmitiu contra o meu me faz sentir uma raiva que há anos eu não sinto. Isso é dependência? Como posso depender de uma droga tão maravilhosa aos meus olhos. Ela faz um suicídio a dois parecer um sonho tão perfeito.

Amália seria minha Julieta perfeita e eu, seu Romeu. Tantas vezes nos imaginei em uma noite de amor longa e prazerosa onde finalmente nos envenenar íamos e morremos um ao lado do outro.

Tudo não passou de uma longa fantasia criada por mim. Dia a dia eu analisei seu comportamento e me esforcei para me aproximar o suficiente. Como um aluno que se esforça para tirar uma boa nota, eu me esforcei para aprender a lidar com suas maneiras. Tudo foi em vão e uma perda de tempo. Do que vale apenas uma pessoa se esforçar, se para que algo dar certo precisa que ambas estejam em sintonia.

Devo estar me cobrando muito, é claro que não dependia somente de mim. Mas se eu tivesse persistido um pouco mais? Se eu tivesse sido sincero com ela logo no início? Eu deveria ter dito, mesmo ela não querendo ouvir, deveria ter dito que a amo. E é isso que eu farei.

— Até amanhã pessoal. — me despeço de Atsushi, e os outros — Kunikida não trabalhe tanto, você precisa de uma namorada...

— Suas palavras não me atingem mais Dazai. — responde ele sem contato visual.

— Ei Dazai! — me chamou Atsushi — Posso fala com você?

— Tem que ser rápido, eu tenho um compromisso importante em alguns segundos.

— É bem rapidinho, eu prometo. — ele passa por mim e saímos ambos da sala.

— Já imagino sobre oque você quer falar. — encaro ele que suspira brevemente.

— Sabe algo sobre ela?

— Nada que seja muito relevante para você. Precisa para de se preocupar com ela Atsushi.

— Engraçado, você não parece ter deixado de se importar com ela.

— Vá para casa Atsushi, temos missão logo cedo. — bato levemente a mão sobre seu ombro.

— Diz para ela que eu sinto saudade dela! — ouço suas palavras, chamo o elevador.

Uma cafeteria pouco movimentada é o meu destino. Ao entrar eu vejo a silhueta familiar, na última mesa Amália encara o cardápio logo notando minha aproximação.

— Eu realmente pensei que você não viria. — puxo a cadeira sentando em frente a ela.

— Não pretendia vir. — ela abaixa o cardápio e me encara — Ainda assim, algo me diz que você não se contentaria com o fato de eu não vir. Agora me diz, oque você quer?

— Quero te oferecer seu antigo trabalho de volta! — com entusiasmo eu digo vendo o olhar dela confusa.

— Isso é uma piada né? — ela entrelaça os braços, arca sua sobrancelha.

— Por que deveria ser uma piada? Você é uma traidora, mas nada que você possa se redimir. Afinal você ainda não nos causou nenhum dano...

— Traidora? — seu olhar fica frio e seu tom de voz se altera — Em sinua que eu tenha dado alguma informação sobre a agência pra máfia do porto? — um riso curto soou de sua boca — Talvez eu devesse te dá alguma explicação, mas eu não vou! Pense oque quiser, eu não dou a mínima.

— Quer mesmo que eu acredite que entrou para a organização rival pelo Chuuya? Admita Amália, porque você realmente está com ele? Por amor?

— Não que isso seja da sua conta; mas, eu preciso dele para um propósito maior. Ter me apaixonado por ele foi um acaso que não interfere em nada...

— Então você não o ama!? Não é?

— Você sabe oque é amor Dazai?

— O que é amor para você, Amália?

— Esse jogo de perguntas é irritante e desnecessário! — ela se levanta.

— Amália! — ela apenas me encara — Responda apenas minha última pergunta, e deixarei que vá. O que é amor para você?

Por as necessidades dos outros acima das suas! — ela retira uma nota do bolso deixando um pedaço de papel cair no chão — Adeus Dazai, se cuida — ela se vira — não me procure mais, caso contrário; eu vou torturado antes de te matar. E sei que odeia sentir dor. — ela sai da minha vista em segundos.

Levanto-me pegando o papel que ela deixou cair.

— São coordenadas. — pesquiso no meu celular que lugar dará as coordenadas do papel — Uma montanha?

Não será a primeira vez que eu falto ao trabalho por me aventurar em lugares sozinho. Claro que dessa vez eu não estou na cidade e nem indo atrás de algo que envolva a máfia do porto. Minha curiosidade em saber porque Amália possui em seu bolso coordenadas de um lugar tão remoto e distante me faz continuar em meio ao vento e frio extremo durante o longo percurso pela montanha de Yohka. Perdido no tempo, não faço ideia se continuo seguindo a trajetória correta, à minha frente vejo algo que se assemelha a silhueta de um homem de baixa estatura. Suas vestes e cabeça raspada deixam claro que ele é um monge.

— Não era você que eu esperava — a voz gentil e mansa do homem é acompanhada de um brando sorriso — Venha, você deve querer algo quente, não é?

★ 𝘕𝘰𝘴𝘴𝘰 𝘴𝘶𝘪𝘤𝘪𝘥𝘪𝘰 ★Onde histórias criam vida. Descubra agora