TEMPESTADE! ~ C16

32 7 5
                                    

Pov:Dazai

— Poderia me dizer que lugar exatamente é esse? — abrigado, recebo uma xícara de chá quente para aquecer o corpo do frio. O monge que me guiou até aqui se senta à minha frente com o mesmo olhar tranquilo de antes.

— Esse é o templo de Buda. Um lugar de silêncio onde devotamos nossas vidas à paz espiritual. Todos que vêm até nos procuram encontrar algo perdido dentro do seu ser.

— Engraçado. — coloco a xícara ao meu lado — Não ouço o som do forte vendo de fora. — apenas um riso rápido e baixo é dado pelo monge.

— Os barulhos do mundo não interferem aqui, meu jovem. — com seu olhar cerrado ele me observa com mais atenção — Diga-me, porque veio até aqui? Oque você procura?

— Por acaso o senhor conhece uma moça chamada Amália? — seu semblante fica neutro ao ouvir o nome da mulher.

— Sim, Amália morou aqui por alguns anos entre nós. Eu estava esperando por ela quando te encontrei.

— Ela deixou cair um papel onde encontrei as coordenadas desse lugar. Antes de vir eu dei uma pesquisada, mas não encontrei nada que pudesse me dizer oque era aqui exatamente.

— Nosso templo é guardado do mundo. Apenas aqueles que buscam respostas podem chegar até aqui. O bilhete que encontrou estaria em branco, mas, você conseguiu ver o caminho que precisava trilhar.

— As respostas que procuro são a respeito da Amália. — digo vendo ele voltar a sorrir.

— Você encontrará as respostas sobre ela no jardim das palavras. — ele aponta para um corredor ao seu lado — Siga por ali, ao final encontrará aquele que responderá suas dúvidas. Peço apenas que antes você deixe suas vestes e pertences aqui. — ele se levanta buscando uma muda de roupas brancas — Quando terminar eu lhe entregarei suas coisas.

Ao me dar as costas, eu me troquei rapidamente. Pelo longo corredor eu segui uma forte luz branca, ao fim dela um vasto jardim florido.
Há um homem sentado no deve ser o centro do jardim, quando notou minha presença sem dizer nenhuma palavra ele mostrou onde eu deveria sentar.

Nenhuma palavra foi dita por ele ou por mim. Em milésimos, eu senti uma estranha conexão com o lugar.

— Vou te contar um pouco sobre a trajetória daquela que trará o fim a todos. — sem saber ao certo de quem é a voz que invade meu sub consciente eu apenas escuto sem questionar — Quando o universo foi criado várias espécies dominaram o planeta que conhecemos hoje em dia. Entre elas, dois grandes seres foram feitos um homem e uma mulher, não foram os primeiros humanos na terra, mas sim as primeiras divindades que habitaram aqui. Ambos tinham a função de manter um equilíbrio entre aqueles que possuíram a face da Terra. No início tudo seguia conforme o planejado. As pessoas desfrutavam da boa terra e viviam em excelente harmonia, eles sabiam que isso era graças às duas divindades que forneciam tudo do bom e do melhor. Infelizmente sem se darem conta algo tomou um rumo diferente do que ambos planejavam. Toda admiração que as pessoas tinham desses seres começou a ser esquecida, logo eles já não eram mais respeitados e requisitados como no princípio. Isso afetou muito o orgulho daquela que era a mãe de todos os seres vivos ali, enfurecida, ela tentou eliminar todos aqueles que a esnobaram, mas foi parada pelo seu companheiro. Uma grande batalha foi travada entre eles oque os levou a um imenso desgaste físico e mental. Como punição por sua rebeldia e tentativa de eliminar as pessoas, ela foi amaldiçoada a viver para sempre, assim, obrigada a viver entre aqueles que um dia foram razão de sua existência e também de seu momento de loucura.

★ 𝘕𝘰𝘴𝘴𝘰 𝘴𝘶𝘪𝘤𝘪𝘥𝘪𝘰 ★Onde histórias criam vida. Descubra agora