Capítulo 6.

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Soren Schmid.

Eu sou uma pessoa solitária, e nunca me incomodei com isso, não confio em ninguém além de mim mesmo. Faço tudo para agradar meus caprichos, e nada além disso.

Quando eu ainda estava na flor da idade, meu maior entretenimento era causar dor e pânico nas pessoas, eu simplesmente amava a sensação de ser temido e reconhecido. Nunca trabalhei para nenhum rei, nunca me submeti há nenhuma regra, a não ser as que eu criei para mim. Sempre fui um cara defeituoso, e isso em nenhum momento me deixou abatido.

Mas cheguei a uma fase da vida que me sinto enteado, com a riqueza que tenho, com os escravos que tenho, com o temor que as pessoas sentem por mim. Nunca imaginei que o estágio final da minha vida seria tão entediante, tão previsível e superficial.

Jorgen é que não parece se cansar de matar, caçar e destruir. Ele é um homem bem energético para ser sincero. Está sempre arrumando confusão com alguns nação estrangeira ou com sua própria nação. É um homem doente por caos.

Quanto a mim, passo os meus dias caminhando ao redor da floresta que tem no palácio, ou simplesmente observando a escrava desobediente que está a um mês cumprindo seu castigo por ser bocuda.

Minha esperança era que ela morresse na primeira semana de hipotermia ou se ajoelha-se perante mim pedindo perdão.

- Ela ainda está viva?- Jorgen diz apontamento a escrava que está lavando o cavalo cheio de sangue que ele acaba de usar.- Porquê não há mata?

- Não se meta nós meus assuntos.- digo caminhando pelo palácio.

- Eu te conto tudo mas você mal me considera. - ele fez uma pausa - Roosevelt está reunido seu exercito, meus informantes afirmaram que é possível que ele esteja vindo para cá?

- O que você fez para irritar o imperador?- suspirei. O encarando, seus cabelos ruivos são longos e espetados, ele tem dois dentes afiados roçando seus lábios, tem algumas marcas vermelhas como bigodes de gato nas maçãs do rosto, e seus olhos são negros como a morte.

- Talvez eu tenha me engravidado a filha dele só para o irritar.

- Porquê fez isso?- massageie as têmporas.

Ele deu se ombros.

- Ela era irritante, lhe dei uma lição. Como também - sorri maléfico - pela guerra, você não participa de uma a meses. Fiz isso por ti, quero te ver em acção do meu lado.

- Eu não te pedi - reviro os olhos - agora você quer me fazer lutar por algo desnecessário! Porque simplesmente não para de pensar em mim?

- Eu não posso. - ele aproximou seu rosto do meu, segurando o meu queixo - Eu amo você, faço o possível para te ver sem tédio. Gosto de ver a excitação em seus olhos.- bate na mão dele a afastando.

- Não toque em mim. Você está fedendo a morte.

- Ohh você é tão maldoso Soren.

Jorgen é o único homem que me achou normal e me chamou de amigo por décadas, mesmo eu não o considerando tanto assim. Eu não considero ninguém, vivo por mim. Por outro lado, eu vejo o quão doentemente ele se apegou a minha pessoa, talvez isso se deva pelo fato de várias vezes termos escapado a morte juntos, lutado juntos várias vezes. Mas a forma como ele é pegajoso me cansa.

Do meio da matina sai para uma caminhada, decidi passar pelo rio, tem um belíssima cascata, o seu som me encanta. Chegando lá, me deparo com, um par de seios fartos, uma bunda redonda, a vagina toda ruiva, os cabelos ainda mais ruivos com cortes irregulares. É logo e curto em simultâneo. Ela está se banhando debaixo da cachoeira. Nem parece uma criança, com todo esse corpo formoso que possui.

Fiquei assistindo ela se banhar, e quando terminou, pegou suas roupas que havia estendido numa árvore e vestiu. O mesmo vestido que ela vestiu no dia que a puni.

- Quem lhe deu a permissão de se banhar na cachoeira?- digo saindo das sombras, ela da um pulo para trás assustada.

- Desculpe senhor.- ela diz curvada.

- Suas desculpas não limparam a minha cachoeira.- finjo estar irritada. Ela continua curvada. Parece que alguém aprendeu boas lições.

- Me perdoe senhor, eu não sabia que não podia usá-las.

Fico em silêncio apreciando o quão submissa ela está agora, diferente da ferra que me enfrentou a um mês atrás. Seguro em seu queixo fazendo ela me encarar, suas bochechas gordas coram no momento que nossos olhares cruzaram.

- Devo te perdoar? Será?

- Por favor...- ela diz tremendo - me perdoe não foi por mal.

A encaro por mais alguns estantes antes de sorrir presunçoso.

- Devia ter se comportado assim logo a primeira, em criança. Agora você entende, que do mesmo que quando ofereço algo, ofereço tudo, é do mesmo jeito que quando tiro, tiro tudo e com juros.- ela aperta suas mãos enquanto sustenta meu olhar.- Tem algo a me dizer?

- Peço perdão por ter sido rude da outra vez, na foi minha intenção insulta-lo.

- Foi sim.

- Não...sim...foi. Não voltará a se repetir eu já entendi qual é o meu lugar.

- Muito bem. Irei perdoar te. Você pode voltar a me servir, voltará a comer e beber da mesma comida que os outros escravos. Mas não haverá outra chance Asta, não sou tão bom quanto pareço, portanto não se aproveite da minha gentileza.

A Escrava | Em Degustação |Onde histórias criam vida. Descubra agora