Lee Joon Gi Finalmente consegui encontrar a filha do Dr. Choi depois de anos de procura. Eu sei que rever a filha era o que ele mais queria no mundo, e depois que ele morreu à um ano, intensifiquei ainda mais a busca pela garota.
Consegui através de alguns contatos ( e claro, oferecendo uma simbólica quantia) alguns registros antigos de abrigos e orfanatos que me levaram a um ex funcionário do juizado de menores, que fazia a transferência de crianças para orfanatos fora do país. Foi assim que cheguei ao Canadá e apesar de Nova Escócia não ser tão grande, tive dificuldades em encontrar a garota, já que ela tem um longo histórico de fugas. Colhendo as informações sobre ela, imaginei que se tratava de uma jovem rebelde do tipo que me daria problemas mas ao conhecê-la percebi que estava errado.
Amanda é uma jovem um tanto engraçada mas não por que tenta ser, ela apenas é. Não sei explicar, ela tem uma graciosidade natural. Quando estávamos a caminho do hotel, ela falou um pouco sobre sua família adotiva então tive a certeza de que ela não era o monstro que pintaram nos registros escolares e conselhos tutelares, ela era apenas uma criança machucada mas consigo notar o quanto ela é forte.
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Tentei não demonstrar o quanto fiquei comovido com o pequeno relato da infância dela mas também não quis parecer insensível. Peguei um lenço no bolso e enxuguei seu rosto molhado pelas lágrimas. Não posso demonstrar o quanto estou encantado com a beleza dela, preciso ser profissional mas é incrível como, mesmo já tendo visto centenas de rostos coreanos, o dela consegue me chamar tanto a atenção.
Depois que chegamos ao hotel, comprei umas peças de roupas para que ela pudesse se trocar e estar mais apresentável quando chegarmos à Coréia. Não tenho certeza se comprei o tamanho certo pois eu não perguntei e agora no meu quarto, eu me pergunto se não foi inconveniente da minha parte ter saído para comprar roupas para ela. O meu trabalho era apenas encontrá-lo e levá-la ao senhor Choi e ao TAEH mas não sei por quê, desde que a vi mais cedo no hospital, assustada, temendo que eu fosse um policial que iria prendê-la, e depois de ouvir como ela sofria com os Mitchell, sinto uma necessidade enorme de cuidar dela eu mesmo. Farei ainda mais do que o Dr.Choi faria. Eu vou cuidar dela, não importa o que aconteça.
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Já é de manhã e eu acordo ansiosa para conhecer o meu pai e o meu meio irmão. Um misto de emoções me tomam enquanto me arrumo. Me sinto ansiosa em conhecer o meu pai e ao mesmo tempo com medo; feliz em saber que ele quis me encontrar e ao mesmo tempo frustada, me perguntando "por que só agora"? Ou será que ele já me procurava antes? Mas afinal, por que me abandonaram? Vai ser a primeira coisa que eu vou perguntar quando o vir.-penso-
Mas ainda há outra pergunta que acordei me fazendo e parece que o senhor Lee leu meus pensamentos e sabia que eu queria perguntar algo já que bateu na minha porta no exato momento. -Entre!-falo-
-Bom dia Amanda! Está pronta?
-Sim. Eu não tenho muita coisa pra arrumar mesmo.-falo fechando minha mochila-
