Capítulo 3

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Eu e Patrick fizemos skin care, pintei minhas unhas de vermelho, cor que é muito atraente segundo meu melhor amigo e passamos máscara de argila no rosto, lavei meu cabelo, coisas do tipo.

Isso me fez melhorar bem, essa época do ano sempre me deixava dessa forma ele sabia disso e sempre cuidou muito de mim nessa época.

Duas semana depois meu pai avisou que eu precisava ir na joalheria resolver algumas pendências. Vida de herdeira não era tão fácil também não, hein!

Então, aqui estava eu na joalheria do meu pai, na realidade eu estava em frente a joalheira criando coragem para entrar.

Um vento frio percorreu pelas ruas da cidade e meu casaco balançou junto com meus cabelos que embolaram, provavelmente.

Eu tinha que entrar naquele prédio, eu precisava entrar. Meu pai provavelmente estaria ali, então eu ficaria bem mais tranquila com ele ali também.

Assim que passei pelo hall de entrada me identifiquei e liberaram a minha entrada.

Atraí alguns olhares, isso era claro! Não querendo me gabar, mas igual Patrick dizia, eu era uma mulher muito bonita e na linguagem dos homens gostosa demais. Era meio óbvio que alguns homens sem noção iriam me comer com os olhos, antigamente eu ficava com tanto medo de alguém mexer comigo em um nível que eu não conseguia sair de casa sem alguém ao meu lado, para me proteger.

Patrick durante bastante tempo cuidou de mim e foi muito importante em minha vida, como continua sendo. Agradeço a ele demais por isso.

Assim que chamei o elevador, não tinha ninguém e agradeci mentalmente por isso. Mas logo entraram dois homens e um deles fez questão de me olhar, isso era um saco. E nem estava com roupa decotada e nem curta, era horrível ser mulher em alguns momentos.

Na hora que eu estava saindo do elevador, já que eu havia chegado no andar do escritório do meu pai, senti uma mão encostar na minha bunda e apertar.

Na hora eu nem tive reação, respirei fundo e meus olhos se encheram de lágrimas.

Meu pai prometeu que aquele lugar seria seguro!

-Você vai ficar nesse andar princesa? - Perguntou e sua mão continuava lá, apertando de novo.

-Tira as mãos dela! - Falou o loiro.

As portas do elevador se fecharam e eu dei um passo para trás esbarrando no cara que tirou as mãos dali, fiquei encostada no espelho do elevador em um cantinho.

Nisso percebi que o rapaz me encarou.

-Não precisa chorar. Está tudo bem agora. Quer um abraço? - Questionou olhando nos meus olhos no momento que eu levantei o olhar.

-Eu estou bem. - Engoli o choro e sequei as lágrimas.

Peguei meu celular com as mãos trêmulas, iria enviar mensagem para Patrick queria apenas ficar com ele.

Percebi que o homem que havia feito aquilo comigo tinha saído do elevador, havia ficado no andar que eu havia descer.

-Tem certeza que está tudo bem? - Perguntou novamente.

-Está. - Concordei enquanto minhas lágrimas caíram pelo meu rosto.

-Ei, calma. - Veio em minha direção para me abraçar.

Acabei me afastando dele de uma vez, não gostava de abraços.

-Não encosta em mim. - Disse de uma vez.

Nas entrelinhas do amor - Dempeo Onde histórias criam vida. Descubra agora