Capítulo 4

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Quem marca uma festa às oito da noite? Alguém que não tem juízo marca esse horário, é meio óbvio saber disso. Estava sentada no escritório de Patrick, esperando o mesmo se arrumar, iríamos para uma festa que era da mãe do advogado, segundo ele não iria deixar ninguém encostar um dedo em mim, só estava indo por conta que a Kate vai está lá. Não iríamos ficar por muito tempo, já que tinha uma festa em uma balada, onde seria comemorado o aniversário de um tal de Eric, meu melhor amigo só disse que era para eu ir junto com ele.

-Pronta, baby? - Perguntou me encarando no o e deu um sorriso.

-Sim, só estou com sono. - Peguei a minha bolsa e vi a roupa que estava, saia curta e uma blusa com um tênis nos pés.

-Vou te dar um energético muito bom. - Gargalhou com uma pitada de malícia na frase e me entregou um copo de vidro com água.

Apenas revirei os olhos. Ele tinha essas manias de falar coisas no duplo sentido ou dar em cima de mim e zoar.

-A maioria das suas piadas para cima de mim tem haver com me levar para cama, esse é o seu desejo é? - Questionei e bebi um pouquinho de água.

-Já quis, hoje não.

-Me senti ofendida. - Falei zoando.

Patrick respirou fundo e me encarou, acho que ele sabia o que iria falar, só não sabia o jeito de contar o que queria.

-Você é linda, gostosa pra cacete, se eu fosse uma pessoa que ficaria com uma mulher para sempre, ficaria com você. Mas eu não sou do tipo para relacionamento, por isso prefiro não querer te levar para cama porque no dia seguinte eu não iria te ligar e nem olhar na sua cara, te magoar seria péssimo pra mim. - Estendeu a mão para eu segurar e me deu um beijo na bochecha.

Apenas concordei e então fomos para o elevador, iríamos para a garagem.

-Gostei da roupa, está gata.

-Obrigada, a sua camisa era para ser azul, iria destacar os seus olhos. - Comentei o olhando.

-Jantou antes de vir?

-Sim, pode ficar despreocupado se eu não comer nada durante a festa. - Dei um sorriso e fui até ele ajeitar a sua blusa, passei a mão pelo seu pescoço ajeitando a camisa social. - Você vive com a camisa de qualquer forma.

Senti seu olhar sobre mim, me admirando coisa que ele sempre fazia.

-Vão pensar que somos namorados. Fica longe de mim hein. - Sorriu.

-Bobo!

-Ellie, de você for ficar com algum cara hoje, toma cuidado para ele não abaixar sua blusa em público, está de tomara que caía, provavelmente não usa sutiã com isso. - Me alertou.

Sendo sincera eu não pensava em ficar com ninguém, mas se fosse pra acontecer tinha que ficar atenta com esses cuidados bobos. Patrick sendo homem sempre me alertou sobre algumas coisas que ele mesmo fazia com as mulheres, lado bom de ter um melhor amigo homem.

-Eu só estou com a blusa, acha muito vulgar? A saia tá curta demais, né? - Perguntei me olhando no espelho do elevador.

Logo chegou no andar do estacionamento, subsolo.

-Não, está linda. Mas você quer trocar? Está se sentindo confortável? Só te avisei porque dependendo do homem pode está apenas em beijos mas ele vai querer te apalpar e pode acabar te deixando nua na parte de cima. - Explicou enquanto pegava as chaves do carro.

-Eu sei, não quero me trocar não.

Patrick abriu a porta do carona para eu entrar, assim que entrei e o mesmo fechou a porta, foi para o lado do motorista e entrou.

Nas entrelinhas do amor - Dempeo Onde histórias criam vida. Descubra agora