D.D ▍❛por fim, um deleite mortífero manchou suas almas, eternamente❜
Daemon Targaryen abominava cada membro da casa Hightower, suas moralidades, costumes, comportamentos mas, existia uma única incoerência em seu inimigo de anos, Otto Hightower possu...
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( CAPÍTULO TREZE )
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Certa vez, Rei Jaehaerys disse-lhe sobre as maravilhas aprazíveis, os perigos maleficentes dos estrangeiros, as amizades inesquecíveis e as brumas rondando à espreita dos limites de estradas, castelos, oceanos e capitais remotas. Depois da primeira vez, decidiu partilhar conhecimentos e falas não ditas a nenhum de seus filhos, declarando em seu próprio coração Athelyna como a sua.
Dizia à pequena de olhos grandes e avelã, esses que refletiam êxtase, sentada em seu colo sobre culturas distantes, tradições diversas, com os cabelos presos em uma trança, apoiada sobre seu peito enquanto queria rir da longa barba prateada como lua roçando como uma fina pena sobre seu rosto, controlando as risadas com as perguntas engraçadas, quiçá burlescas as quais Jaehaerys direcionava-lhe, se teria coragem o suficiente para embarcar em tais aventuras impossíveis
Pouco compreendia como seria hábil, forte ou astuta o suficiente para lidar com as marés violentas, as tempestades ríspidas, terras inóspitas e o fogo ardendo em seus pés ao invadir um território inimigo, clamando e orando aos deuses por sua própria vida, encarando não com pavor mas como um desafio com a adrenalina fluindo sobre seu ventre pois era exatamente isso que Rei Jaehaerys almejava para ela.
Rei Jaehaerys Targaryen, O Conciliador, o Sábio — ou mais tarde: o Velho Rei —, desperdiçou anos preciosos, cometeu erros irreversíveis, acusações e julgamentos infalíveis ao redor de seus treze filhos, em fins trágicos e caos aos quais devoraram-no e despedaçaram sua esposa, sua querida Rainha Alysanne de dentro para fora. Ele não cometeria o mesmo erro, a transgressão, o pecado mortífero novamente.
Os Deuses abençoaram-no com a semente da fertilidade, frutificando-a em um reino farto e próspero. Ele apenas poderia discernir seus próprios arrependimentos e o maior deles repousava sobre seus propósitos não concluídos.
O surgimento do Deleite dos Deuses, uma garotinha de traços comuns mas a língua pingando puro valiriano e a aura divina fizeram-no usar sua sabedoria, escutar a voz da razão em sua mente, o que diria sua falecida esposa: os deuses incubiram-lhe com uma missão.
