D.D ▍❛por fim, um deleite mortífero manchou suas almas, eternamente❜
Daemon Targaryen abominava cada membro da casa Hightower, suas moralidades, costumes, comportamentos mas, existia uma única incoerência em seu inimigo de anos, Otto Hightower possu...
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( CAPÍTULO DEZESSEIS )
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"Há certo tempo, decidi redigir esse documento, uma prova incontestável de minha vontade sobre o que rege o destino de Lady Athelyna Blackwood. Esta, nomeada como Blackwood pela boa graça da Casa Blackwood, acolheu-a como sua prole mas, aqui, estou eu, Rei Jaehaerys Targaryen para revelar a verdade sobre a boa alma à qual acompanhou-me durante meus últimos anos, a qual consolou-me e trouxe luz a meus dias de escuridão após a perda desoladora de minha esposa e tantos herdeiros queridos..."
As respirações uniam-se como uma só, o silêncio entoava o ambiente, alastrando-se como uma canção enquanto os olhares vorazes dirigiam-se ao grande Arquimeistre Vaegon — nascido como Príncipe Targaryen —, o dito cujo carregava a carta escrita pelo próprio falecido Rei Jaehaerys Targaryen em mãos e sua eloquência ao ler pacientemente, como um anúncio ao redor dos nobres e pouquíssimos burgueses aos quais haviam sido convidados para a ocasião em especial, a Legitimação de Athelyna.
O grande Septo Real estava repleto de nobres, lordes e ladies de todas as partes de Westeros, reunidos para testemunhar um evento histórico, uma legitimação de sangue — um evento deveras incomum —, diversos nem mesmo acreditaram ao ouvir, tampouco sabiam anteriormente qual seria o indivíduo a receber tamanha honraria.
Uma legitimação vindoura da Casa real deveria ser considerada mais do que rara. Pela Fé dos Sete, a ocasião ocorreu, no máximo, duas vezes em sua história datada. Sobre os preceitos da Fé Valeriana devido aos arquivos devorados pelas chamas da Perdição tornava-se impossível datar mas, a cerimônia atiçou não só a nobreza e burguesia como os plebeus famintos pela verdade.
No centro do salão, um trono de carvalho maciço estava colocado, e ao lado dele, de pé com dignidade, estava o Arquimeistre Vaegon Targaryen. Ele usava as vestes tradicionais dos meistres, mas havia um broche de ouro e rubis em forma de dragão pendurado em seu peito, uma lembrança constante de sua linhagem.
De uma área privilegiada, a família real encontrava-se de pé, em formação, tão próximos e com olhares atentos a cada fala, cada movimento e certamente cada alma viva parecia ansiosa sobre as próximas palavras.
