Sᴇɢᴜʀᴀ ᴇᴍ sᴜᴀs ᴍᴀ̃ᴏs | 𝑮𝒘𝒆𝒏𝒅𝒐𝒍𝒊𝒏𝒆 𝑪𝒉𝒓𝒊𝒔𝒕𝒊𝒆 (Pausada)

Prólogo

Os seguranças e policiais estavam em um completo caos, uma modelo muito famosa que estava sob sua responsabilidade acabara de desaparecer, alguns minutos antes de entrar nas passarela.

—Como deixou isso acontecer?? Ela estava sob sua segurança, para seu bem é melhor que ela apareça, e que esteja bem.

Eu estava em completo desespero e nem mesmo prestava a atenção nos xingamentos proferidos a mim. Como eu pude deixar que isso ocorresse? Nem por um segundo eu havia tirado os olhos dela, nem mesmo sai de perto, então como? Como ela sumiu?

Saí correndo para fora averiguando todos os cantos daquele maldito lugar, minha vida estaria acabada caso eu não a encontrasse, e eu sabia perfeitamente disso. Nunca tinha trabalhado como guarda costas de alguém famoso então não sabia quanta responsabilidade estava sobre minhas costas, até hoje.

Ela não poderia ter sido sequestrada isso eu tinha certeza, pois, nenhum segurança do local viu movimentação estranha e também não se via absolutamente nada nas câmeras, minha última esperança era o banheiro, o único local a qual eu não havia averiguado.

Ao chegar no local não havia nada, com rapidez fui abrindo todas as cabines uma por uma até chegar na última, meus olhos se arregalaram assim que vi a modelo desmaiada sobre o vaso. Sacudi seu corpo com gentileza a fim de acordá-la mas nenhum sinal, olhei seu pulso e estava estável, me aproximei e olhei para o vaso, e foi aí que eu entendi tudo.

—Eu a encontrei, está no banheiro atrás dos camarins, venham rápido e tragam um médico. -falei no Walkie-talkie e segurei a modelo em meus braços, sua pela estava pálida e seus olhos um pouco inchados, dava para perceber que havia chorado a alguns minutos atrás.

De forma rápida vários seguranças entraram no local junto com dois médicos que de prontidão vieram correndo em nossa direção, um deles checou o pulso da mesma e o outro iluminava seus olhos com uma lanterna médica.

—Ela não poderá desfilar, temos que a levar para o hospital -mais pessoas adentraram o lugar com uma maca.
Eu acompanhei todo o trajeto ao lado da pessoa a qual eu deveria proteger, ainda desmaiada ela foi levada até a ala médica, me impediram de entrar junto com ela então fiquei no corredor de pé esperando nervosamente alguma notícia. Seu empresário logo chegou junto a alguns familiares da senhorita, sinto meu estômago gelar só com um olhar, eu fui avisada que independente de qualquer coisa meu serviço era protegê-la para que nenhum mal acontecesse, e aconteceu justamente o contrário.

Médicos indo e vindo para todos os lados me deixando atordoada, eles haviam avisado que não era nada grave mas mesmo assim a culpa que corria em minhas veias não deixava nem mesmo por um segundo minha mente descansar. Um homem derrepente apareceu com uma prancheta nas mãos e exclamou com um olhar suavizado;

—Vocês são os familiares? -eles concordam indo em direção ao doutor —Bem o estado não é grave, logo ela estará acordada e pronta para receber alta, mas devo alertá-los que, ela está fraca e desnutrida ao ponto de nem mesmo aguentar o próprio corpo. -ele bufa em frustração e guarda sua caneta no jaleco —Sei muito bem que as modelos fazem de tudo para terem um corpo perfeito, talvez invejável, mas isso está acabando com a saúde dela... aconselho que deem mais atenção para este problema, passar bem. -e assim ele se retira do local.

Os familiares e empresários se entre olham com culpa nos olhos, eu já havia presenciado situações em que a modelo se recusou a comer porque, segundo ela, seus empresários falaram que ela engordaria e não serviria para desfilar, mas eu infelizmente não posso me meter nos assuntos, já que minha função é apenas protegê-la e não cuidar da sua saúde. Um dos empresários vem em minha direção com passos largos e firmes, sua feição era brava e pelo jeito eu não teria mais um emprego.