Melissa pov:
Já fazia exatamente umas duas horas ou mais, e nós ainda estamos aqui, eu sentada junto desses homens que só falam abobrinhas e minha patroa lá rindo alto. Eu ainda me pergunto oque eu estou fazendo junto desses caras, mas também eu não tenho pra onde ir, ou eu fico aqui ou eu me retiro e sento em uma mesa sozinha.
Já que eu devo ficar aqui e cumprir com minhas responsabilidades, decido pedir um prato chamado Fettuccine ao molho Alfredo, foi o único que eu entendi naquele cardápio chique. Assim que meu prato chega eu começo a devorar o macarrão ao molho de creme de leite, esse prato está divinamente bom, espero que ninguém esteja reparando em mim porque eu derrubei o macarrão do garfo umas quatros vezes.
—Senhorita se importa que eu pergunte seu nome? -um dos seguranças que está ao meu lado me pergunta assim derrepente.
—Melissa Cristtyn e o seu? -deixo meu garfo descansar no prato enquanto levo minha taça a boca bebendo um gole de vinho.
—Prazer senhorita Cristtyn, é um nome lindo. -o homem me dá um sorriso de canto. —Meu nome é Arthur Spinster.
—Também é um nome adorável, você é britânico?
—Oh sim, eu sou natural da Inglaterra, fiquei sabendo que você veio do Brasil, como é lá?
—É bom, um país muito alegre e com várias culturas, eu gostava de morar lá.
—E porque saiu de lá?—Olha, sem querer ser mal educada nem nada, mas eu prefiro não falar.
—Não claro, eu entendo perfeitamente, me desculpe se fui invasivo. -o homem rapidamente limpa a garganta e volta a ficar em silêncio, o clima ficou meio estranho na hora mas logo ele começou a conversar com os outros seguranças.
Olhei no meu celular e vi que já se passava da meia noite, fiquei mexendo no meu Instagram tranquilamente depois do meu jantar, aos poucos os atores foram indo embora, a baixinha que eu ajudei acenou pra mim antes de sair e eu prontamente respondi. Agora só tem os atores mais velhos na mesa, já que eu estou sem fazer nada decido puxar assunto com um senhorzinho que está ao meu lado.
—Olá, você é segurança de quem naquela mesa? -pergunto gentilmente ao senhor que tem cara de ser gente boa.
—Olá jovem, trabalho pra senhora Jones e você?
—Pra senhora Christie, eles costumam demorar tanto para ir embora assim? -o senhor esboça um pequeno sorriso e olha pros patrões.
—Dá pra ver que você não sabe como é esses encontros, eles costumam sair tarde da noite.-ele olha pro seu relógio. —Tá cedo ainda.
Olho pro meu celular e vejo a hora, arregalo os olhos vendo que já se passa das uma da manhã.
—Cedo? Tá né, se você diz. -continuo jogando conversa fora até que finalmente eu vejo a senhora Christie se levantar da mesa, me levanto junto e pego sua bolsa esperando a mesma se despedir. Caminhamos juntas pra fora do restaurante e eu percebo minha patroa tropeçar no vento.
—Está tudo bem senhora? -ela me olha sem entender e eu prontamente me justifico. —A senhora está tropeçando muito.
—A sim, eu bebi muito vinho, achei que não fazeria efeito. -aceno com a cabeça e abro a porta do carro, ela entra e eu arrumo seu vestido para dentro do carro e fecho a porta.
Dou partida no carro e saio do restaurante, dirigi tranquilamente sem falar nada, olhei pelo retrovisor e pude ver minha patroa quase dormindo sentada. Alguns minutos depois eu chego em sua casa e estaciono o carro.
—Senhora chegamos. -ela fica em silêncio e eu me viro para olha-lá, bufei frustrada ao ver que ela está dormindo profundamente.
Sai do carro e abri a porta de trás, fiquei apreensiva em tocar na minha patroa mas mesmo assim eu precisava acordá-la, toquei em seu rosto dando leves tapinhas balançando sua cabeça um pouco.
—Senhora nos chegamos. -ela virou o rosto pro outro lado e afastou minha mão. —Senhora eu não sei se consigo pegar você no colo, levanta aí vai. -a balancei mais vezes mas não tive resposta.
Fiquei parada na porta olhando pra ela dormindo e me perguntando se eu consigo ou não levantar ela, de qualquer jeito eu teria que fazer isso, ou deixar ela dormindo no carro, claro que isso não é recomendável. Com cuidado eu passo minhas mãos pela sua cintura e pelas pernas a pegando no estilo noiva, pra minha surpresa eu consegui erguer sem muita dificuldade, fecho a porta do carro com o pé e caminho até a porta.
—Como que eu vou abrir essa bosta agora? -pensei em tocar a campainha mas a essa hora os empregados já se recolheram. —Senhora se eu te derrubar saiba que não é culpa minha.
Escostei minha perna na parede e coloquei a loira sentada na minha coxa com sua cabeça em meu ombro, tirei a chave do meu bolso e abri a porta. Assim que entramos eu fecho a porta com o pé e sigo em frente logo parando na escadaria.
—Tudo bem, eu consigo, de boa...-respirei fundo e comecei a subir, na metade do caminho senti minhas pernas fraquejarem mas ignorei totalmente pois se eu parasse ali não ia conseguir continuar. —Cadê o senhor Giles nessas horas. -terminei de subir a escadaria, com muita dificuldade mas consegui.
A última porta do corredor me pareceu ser o quarto então eu abro com o pé mesmo, e eu não estou errada, ao abrir já pude ver uma cama de casal bem arrumada com lençóis de ótima qualidade, deito minha patroa delicadamente para que não acorde. Retiro seus sapatos e coloco suas pernas na cama, ia sair mais olhei para o grande brinco em sua orelha, e na minha cabeça aquilo incomodaria, me aproximo e retiro os brincos deixando em cima da mesinha. Depois de deixar ela toda confortável eu me retiro e fecho a porta devagar, já que ninguém me avisou onde eu ficaria nessa casa então eu vou embora.
Pego minha moto que está na garagem e vou embora, chego em casa e tomo um banho quente bem relaxante tirando todo o cansaço do meu corpo, olhei pro relógio e já era três da manhã.
—A que ótimo só três horas de sono até eu levantar. -jogo o celular em algum canto e me esparramo sobre a cama, não demorou para que o sono me atingisse e eu rapidamente dormisse.
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Sᴇɢᴜʀᴀ ᴇᴍ sᴜᴀs ᴍᴀ̃ᴏs | 𝑮𝒘𝒆𝒏𝒅𝒐𝒍𝒊𝒏𝒆 𝑪𝒉𝒓𝒊𝒔𝒕𝒊𝒆 (Pausada)
FanfictionEm meio a tantas palavras de ódio e ameaças eu encontrei você, a minha guarda costas.