𝗟𝘂𝗴𝗮𝗿𝗲𝘀 𝘀𝗲𝗹𝘃𝗮𝗴𝗲𝗻𝘀

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Pequenas formas de ar quente saiam da respiração da mulher e embaçavam o vidro que servia de apoio para sua cabeça

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Pequenas formas de ar quente saiam da respiração da mulher e embaçavam o vidro que servia de apoio para sua cabeça.
Quanto tempo esteve tão desatenta assim, se perguntava, o suficiente para não perceber a volta dos mortos, uma consciência respondia.

Rápidos cutucões a acordaram para a realidade. — Por que aquele cara ta me encarando? — A garota assustada apontava para um cara repleto de tinta com olhos esbugalhados e o pior, ratos andando por seu corpo.

— Não encara ou ele vai se levantar.

— Todo mundo é tão estranho. Aquele era teu ex? Você tinha que ver sua cara, parecia ter visto uma partida de cassino sangrento pela primeira vez — tagarelou a mais nova, rindo de sua cara e sentando ao lado da saída.

— Espera... meu o que?!

— Seu ex, você sabe o que é isso né? Ou está muito chocada com aquela mulher com ele, ela me parece familiar. Você até falou o nome dele quase babando. — se divertia vendo a confusão da mulher, guardaria aquela cena incomum pra sempre.

— Não... não, não, ele é só... um conhecido de anos atrás. — Sinceramente nunca pensou que teria de definir suas instáveis relações com o emissário, seria incorreto os definir em apenas um conjunto de palavras. — Eu nem percebi que tinha alguém com ele.

— Já sei! Ela é uma oficial, sabia que reconheceria essas capas.

Soava engraçado para Amanda que um assassino colaborasse com a policia, especialmente um com uma lista criminal extensa.

Permaneceu quieta por algum tempo, processando e ignorando as incessantes perguntas de sua carga. As duas estavam ansiosas pela recente adrenalina e se ocupavam de maneiras diferentes, a mais nova discorria sobre seu novo pertence furtado enquanto a outra acena em uma falsa concordância, sem escutar nada.

A matusa parecia menos com o bando e mais como a própria suburbana ao seu lado, de cabelos cacheados repartidos na lateral, um suéter surrado e uma larga bermuda manchada pelo tempo.

— Qual o seu nome, garota? — interrompeu seu falatório. A menina sorriu antes de levar o dedo para a minúscula gravura na escultura de flor com os dizeres "Anne" no metal. Amanda sorriu compreensiva e ergueu sua manga esquerda revelando a tatuagem de ouroboros com seu nome escrito ao centro.

Riu com a semelhança, pareciam um pouquinho afinal, talvez bem mais do que pensava.

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𝗡𝗜𝗚𝗛𝗧 𝗖𝗜𝗧𝗬 | takeshi kovacsOnde histórias criam vida. Descubra agora