CAPÍTULO 15

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Pov Rebecca Patrícia Armstrong

Depois do trabalho sai pra tomar café com Nop, ele me levou em uma cafeteria perto de casa, o mesmo disse que o café daqui era o melhor de todos. Com tanto trabalho e problemas pessoais nem sabia que aqui tinha aberto uma cafeteria.

- Então Becky, você faz algo além de fotografar? - Nop perguntou curioso e tomou um gole de café.

- Não, acho que não tenho muito tempo pra fazer outra coisa além do trabalho, o trabalho pega muito do meu tempo. Mas eu gosto muito de desenhar, roupas na verdade, vestidos, calças etc... de tudo um pouco.

- Tenho certeza que deve ser incrível seus desenhos - Sam disse que os meus desenhos são horríveis, e que ninguém nunca iria gostar, então eu acabei parando de desenhar e foquei só no meu trabalho, não mostrei meus desenhos pra ninguém além da Sam.

- Não acho, é só um passatempo. Mas e você? me conta sobre você, acho que você sabe muito de mim e eu nada de você.

- A minha vida não tem tantas emoções, mas sou feliz vivendo a minha vida, moro sozinho, sou formado em jornalismo e como você sabe, trabalho na melhor revista de Miami - isso me fez sorrir - Amo o que eu faço e trabalho do lado de uma mulher incrível, mas chegar até aqui não foi fácil, não vim de uma família rica e nem de classe média. Morava no texas antes de vir pra cá, e a minha vida lá não era nada fácil, consegui ajuntar um dinheirinho com muito esforço, fiz faculdade, consegui um trabalho bom e mando dinheiro prós meus pais.

- Não sente falta deles?

- Se eu não sinto? Becky, eu sinto todos os dias, mas eu tinha que fazer algo pra mudar a minha vida e a vida dos meus pais que era o que mais importava pra mim.

Pov Freen Sarocha

Não aguentava mais ficar em casa sem nada pra fazer, Becky não estava ali, Irin já havia chegado do trabalho como eu, mas ela não falava comigo, parecia me odiar, a Sam do jeito que é não me surpreende alguém odiar ela. E por falar nela, a infeliz não me atendeu mais, e nem me ligou, mandei várias mensagens que foram recebidas mas não respondidas. Se eu falar que não fiquei tão machucada quanto a Becky estarei mentindo, doeu mais em mim no que nela, apenas aquelas palavras me fez sentir raiva de mim mesma, sempre gostei das minhas atitudes, mas agora não sei o que aconteceu comigo, acho que me perdi na história. Tenho que agir como a Sam, mas isso me incomoda, sinto algo ruim sempre quando trato aquela linda mulher mal, quando falo grosso com ela ou dou uma patada fazendo ela abaixar a cabeça pra mim por conta da tristeza. Mas pela minha mãe, sou capaz de mim.

Sai de casa e fui dar uma volta pelo quarteirão, e nunca vi tanto luxo em toda a minha vida, as casas valiam mais que a minha vida, nem se eu vendesse o meu coração iria conseguir comprar uma dessas casas. Enquanto passava por uma rua, uma cafeteria me chamou atenção, era tão lindo e o cheiro de café dava pra sentir de longe. Iria entrar mas vi algo que me fez voltar atrás, Becky estava ali dentro conversando com um homem, ela estava rindo enquanto ele falava. A raiva me subiu, meu sangue ferveu, aquele cara devia ser o amante dela, Sam está certa, ela não vale nada. Depois de presenciar aquela cena não quis mais tomar café e voltei pra casa. Como eu poderia ter me enganando pensando que Becky valia sim, que ela era especial, ela trai a Sam, as duas se traem e vivem um relacionamento nojento, não sei o que eu estou fazendo no meio disso tudo. A porta se abriu e Becky entrou.

- Oi Sam - me cumprimentou mesmo depois daquilo que falei pra ela hoje de manhã.

- Como foi a sua tarde? - ela tirou a bolsa do ombro e colocou no sofá.

- Foi legal, eu gosto desse clima assim, meio frio e chovendo, é bom pra tomar um café, ler um livro.

- Claro, e também é ótimo pra encontrar o amante - ela fez uma cara confusa - que foi o que você foi fazer.

False - Versão FreenBekcyOnde histórias criam vida. Descubra agora