CAPÍTULO 24

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Pov Rebecca Patrícia Armstrong

Tomando café da manhã com Irin, meu pai foi dormir fora e Song não tem aula hoje ou quer faltar da aula, aproveitar que o meu pai não está aqui pra mandar ela ir pra escola. Ontem o dia foi muito cheio, o que aconteceu ontem com a Sam me deixou totalmente com um peso na consciência, mas porque eu sinto que fiz certo, acontece que me machuquei tantas vezes que meu coração não permite me machucar mais uma vez.

- Come Irin! - insisti pra minha amiga comer, ela tinha tomado pontos nos lábios, então estava difícil de comer, por isso estava dando suco com canudinho e pão molhado no leite, era o que ela podia comer no café da manhã, e no almoço era sopa, irei ajudá-la e fazer todas essas coisas.

- Eu não quero Becky, estou sem fome, esses remédios estão me deixando enjoada

.- Que estranho isso, você tem um pênis e está grávida, por onde o bebê vai sair? sempre soube que você era a passiva da relação.

- Cala a boca Becky - ela começou a rir mas logo parou quando reclamou de dor - tá vendo o que você faz?

- Você tem que comer, como você vai conseguir se recuperar assim.

- Assim que eu me recuperar irei dar uma boa surra na Sam, irei me vingar dela.

- Não faz isso Irin, você vai apanhar de novo, já viu o tamanho do braço que a Sam tem, ela te derruba com um estalo de dedos.

- Você tem razão, com um soco tive que levar pontos na boca, mas você vai ver, isso não vai ficar assim Becky, não mesmo. E você? tá melhor? ontem você estava meio enjoada.

- Estava mas já melhorei, deve ser pela briga com a Sam, me deixou muito abalada - dei uma pausa pra tomar um gole de suco - você acredita que ontem ela rasgou o cheque na minha cara?

- Nossa! ela tá levando esse negócio a sério mesmo, rasgar dinheiro, acredito que se fosse dinheiro vivo ela não o faria.

- Estou tão confusa Irin, meu coração não permite me machucar mas os meus olhos está vendo que ela não é mais a mesma. O que ela fez em nova York foi incrível, ela ajudou as pessoas, falou palavras tão bonitas que até hoje ecoa pela minha cabeça - parei de falar quando Sam apareceu na sala - toma café conosco, Amor -

ela não me respondeu, simplesmente não falou nada, apenas passou reto e saiu da casa.

- É dessa Sam que você está falando?- Irin debochou.

- Sabe Irin, você e o Jin tem uma grande raiva da Sam, não gostam dela, falam pra mim todos os dias pra arrumar alguém que me valorize, mas fala isso pra minha cabeça fodida que está sempre pensando nela.

Antes dela mudar eu até pensei em me separar porque eu sentia que não estava dando mais certo, e logo depois da conversa que tive com ela isso ainda não havia saído da minha cabeça, mas quando ela voltou daquela viagem, voltou tão mudada assim ela parece que consertou a minha cabeça, entende?

- Entendo, e é isso que ela quer.

- E é isso que eu quero Irin, quero ela assim, abrindo a porta pra mim, me dando flores me elogiando, fazendo o que eu sempre sonhei em um príncipe encantado. Só que o meu coração não vai se deixar levar por isso, não novamente criando expectativa de algo que não dá certo. Passei a manhã toda cuidando da minha amiga, dava comida pra ela e o remédio, além de passar a manhã assistindo filmes de terror o que eu morro de medo, mas por ela eu faço isso.

Irin é como uma irmã pra mim, a infância dela foi difícil, a mãe se drogava e bebia além de se prostituir, e quando não fazia isso ela estava xingando a Irin de aberração por ela ter nascido com um órgão genital masculino, falava pra Irin que ela era filha de um cara perturbado que fazia aula de medicina e que ela transou por mil dólares porque ele era esquisito, mas Irin não aguentou mais aquilo e foi morar na rua, já nos conhecíamos e não sabia do que ela passava. Mas quando vi Irin morando na rua contei pro meu pai e ele não pensou duas vezes e trouxe a Irin pra morar conosco.

False - Versão FreenBekcyOnde histórias criam vida. Descubra agora