CAPÍTULO 47

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Pov Rebecca Patrícia Armstrong

Assim que entrei no apartamento da Freen percebi que ela continuava organizada como antes, a mais bagunceira da relação era eu, Freen adorava ver as coisas bem arrumadas, inclusive a cozinha, ela organizava as panelas por tamanho. Como eu não percebi que ela não era a Sam, Sam era um desastre na cozinha, já Freen parecia um chefe profissional, até a comida de um restaurante francês perto da minha casa não chegava aos pés no dela, Freen é sem comparação.

Por que estou pensando nela tanto assim? todos os dias ela me perturba, o que deu em mim? eu tenho que conseguir esquecer ela. Procurei o cartão da tal loira pela cozinha e pela sala mas não encontrei, procurei até em baixo do sofá e ali nem poeira tinha, até no banheiro fui procurar.

- Mas que merda Freen - falei assim que fechei o armário do banheiro.

- Onde foi que você colocou esse cartão - sai do banheiro porque lá de jeito nenhum estava o cartão. O único lugar que restava era o quarto, entrei no mesmo sentindo o cheiro dela, era tão bom que eu queria dormir aqui, faz mais de uma semana que durmo sem sentir esse cheiro, e assim que entrei meu coração bateu mais rápido, ele sente a falta dela.

Me sentei na cama e suspirei já estava cansada de procurar esse cartão, mas pode ter certeza, só saio daqui com esse infeliz em mãos, quero picar ele, não deixar nenhum rastro dele pra Freen nunca perceber que estive aqui. Olhei ao redor e sorri ao ver vários porta retratos no quarto, eram fotos dos gêmeos e algumas eram fotos da gente juntas, fotos de viagens e até mesmo no nosso apartamento, eram tão lindas as fotografias e era mais lindo ainda a sua atitude de deixar essas fotos aqui. Peguei um porta retrato desses e fiquei olhando a foto e me lembrando da viagem que fizemos pra Paris, Freen disse que íamos fingir ser uma lua de mel que eu poderia escolher o lugar, e como eu amo a França escolhi logo a capital.

Passei tempo demais ali naquele quarto olhando aquela foto que acabei esquecendo o que eu vim fazer aqui, sai do quarto e fui até a lavanderia já que no quarto eu não encontrei nada. Procurei na roupa suja da Freen e acabei encontrando um cartão de uma clínica com o nome de uma mulher, só pode ser essa, e ainda tinha um nome ridículo se chamava Sandra, se fosse em outra pessoa esse nome seria bonito mas nela ficou feio e ela deve ser ridícula também, diz a Luna que ela é bonita, mas pra mim sem ver ela é feia, eu devo ser mais bonita, mas qual das duas a Freen acha mais bonita?

Sai da lavanderia com o cartão em mãos, fui até o lixo da cozinha e rasguei o papel em vários pedaços, picotei todo com muita raiva, joguei o papel no lixo e fechei a tampa, peguei a minha bolsa em cima do sofá e fui em direção a porta, e antes de sair a porta se abriu, meu coração se agitou o frio na barriga se fez presente eu quase caí pra trás.

- Becky? o que faz aqui? - ela perguntou com um misto de surpresa e alegria no rosto.

- Eu que te pergunto, o que você! tá fazendo aqui? - como ela ousa entrar assim quando eu estou saindo, esperasse eu sair primeiro antes de entrar, e não estava na academia? o que faz aqui tão cedo?

- Aqui é a minha casa? ou eu entrei errado?

- E daí se eu tô na sua casa? você não foi pra academia, tá aqui muito cedo, era pra você estar lá, passar a noite toda lá.

- E eu estava, mas a energia acabou por lá, e não teve como eu correr na esteira, e nem levantar pesos porque por lá tava uma escuridão. Então voltei pra casa, mas ainda não sei o que você faz aqui, não era eu que teria que pedir explicações? já que você está aqui na minha casa, entrou sem eu saber, ou seja escondido, você está tramando um furto por aqui? saiba que a parte mais cara de toda a casa é esse coração aqui - apontou pro peito - mas não sei o motivo de você querer roubar o que já é seu - fiquei alguns segundos sem piscar e respirar, não sabia como agir naquele momento, e em outros tempo pularia no seu colo e a beijaria com muito amor e carinho, estava com tanta saudade.

False - Versão FreenBekcyOnde histórias criam vida. Descubra agora