Depois de dar mais uma aula na turma de Soraya, fui chamada por minha tia Elizabeth até a sua sala, confesso que na hora gelei com a hipótese dela ter descobrido sobre mim e a menina Soraya. Mas para a minha sorte era apenas para elogiar pelo meu bom trabalho de estar conseguindo por a loira nos eixos.Pobre Madre, mal sabe ela como eu tenho conseguido fazer isso. Deve nem passar pela cabeça dela que a sua sobrinha, e uma de suas melhores professores do colégio, está tendo um caso com uma aluna dentro do colégio religioso.
Só espero conseguir manter esse relacionamento o mais escondido possível até Soraya completar 18 anos e terminar os estudos, ai sim poderemos viver o nosso amor sem nenhum impedimento.
Era mais um final e noite, e Soraya conseguiu vir para o meu dormitório, com a ajuda de Yang. Segundo minha garota eu não deveria me preocupar com a morena, pois as duas se entendiam muito bem. Mesmo com um pé atrás, eu tentei relaxar quanto a isso.
Depois de anos em silêncio, sobre o assunto tão delicado por mim - Cecília - eu resolvi me abrir com Thronicke . Eu confio nela de olhos fechados, e sei que ela manterá o meu passado em sigilo.
- Cecília foi a minha primeira e única namorada. Nos conhecemos aqui no internato, ela tinha 15 anos e eu 16. Éramos apenas boas amigas, até eu me apaixonar por ela. Entrei em estado de negação, e acabei me afastando. Mais nem durou duas horas - Solto uma risadinha - Contei a Cecília o que eu estava sentindo, e ela me confessou que sentia o mesmo
Soraya me escutava atentamente. Meus olhos estavam fixos à parede em minha frente, enquanto nossas mãos se mantinham entrelaçadas em cima da barriga de Thronicke , que tinha a cabeça em meu colo.
- Fiquei tão feliz. Demoramos semanas para darmos o nosso primeiro beijo de verdade. Um ano depois eu estava para me formar no colegial, Cecília ainda ficaria aqui, mas prometi que sempre voltaria para visitá-la. Minha tia já trabalhava aqui, facilitaria a minha entrada - Explico me lembrando de cada palavras ditas
- Na segunda semana que vim visitá-la, minha tia nos pegou se beijando. Levei uma bronca daquelas - Ri sem humor - Proibiram de nós ver, e Cecília foi transferida de colégio. Ela era órfã, e a freira que era responsável por ela, assinou sua transferência sem precisar pensar duas vezes ao saber o motivo.
Sinto os meus olhos cheio de lágrimas, e algumas até escorrem por minhas bochechas. Respiro fundo e continuo.
- Procurei por ela, depois que consegui o endereço que a mandaram. A notícia não era nada boa. Um grupo de garotas de seu dormitório a agrediram quando descobriram que ela era lésbica. Ela não aguentou as pancadas na cabeça e faleceu.
Relembrar de toda a estória foi como levar uma facada no peito. Eu podia escutar a voz de uma das estudantes me contando a história enquanto caminhavamos pelo jardim do internato.
- Sinto muito, Sisi - A loira se senta e beija todo o meu rosto.
Eu fungo baixinho e Soraya me envolve em um abraço apertado. Ela se levanta, e me puxa até minha cama. Eu me deito, e sinto o seu corpo se abraçar ao meu - Na famosa conchinha. Seus dedos passam por meu cabelo, e eu acabo dormindo.
Soraya era a primeira pessoa que eu contava sobre Cecília. Eu só tinha medo até onde tudo isso ia dar. Eu não queria que a mesma história se repetisse. Não suportaria perder Soraya.
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Loving Soraya
General FictionUma jovem e querida professora de poesia de um internato católico põe tudo em risco por um caso ardente com uma das alunas.