E o tempo...

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Seis meses depois...

Jimin estava cada dia mais envolvido, neurótico e desesperado com o TCC. Era um perfeccionista e chegou a ter febre na última semana.

- Precisa se acalmar. - Minah chamava sua atenção. - Já emagreceu de novo e está com febre.

Tae chegou da cozinha trazendo um leite quente e biscoitos. Colocou na mesa, entre livros, cadernos e o notebook de Jimin.

- Pare um pouco para comer. Por que fica tão nervoso?

Jimin ergueu a cabeça e olhou o amigo. - Não sei! - e fez o seu costumeiro beicinho.

- Vamos! Tome o leite. - Tae falou. - JK vai nos matar se você não melhorar.

- Verdade! Sem contar que JK também está exausto com esse vai e vem que papai tem feito entre Brasil e Coréia.

- Pior que nem consigo acompanhá-los. Gostaria de ir e visitar meus pais. Tenho tanta saudade de minha mãe. Falo sempre com ela por vídeo, mas queria abraçá-la. E JK já está lá há duas semanas. - choramingou.

- Logo tudo passa, Mochi. Falta pouco para terminar a faculdade. - Minah falou.

- Sim! E pode convidar seus pais para sua formatura.

Minah olhou Tae e sorriu. - Com certeza!

Tae e Minah vinham se aproximando cada vez mais. Ela já tinha demonstrado o interesse por ele, mas Tae era muito reservado e ainda temia que Jinwoon o interpretasse mal. Era a primeira vez na vida que Tae tinha amigos verdadeiros, que o amavam por ele mesmo e não o desprezavam por vir de uma família humilde. Jinwoon era muito mais que seu chefe, era como um pai e depois do episódio do apê de Jimin, seis meses tinham se passado e Tae e JK se tornaram muito amigos, para alegria de Jimin, que já amava Tae como um irmão.

Tae tinha subido de posto, digamos assim. Jinwoon reconheceu que contratar um garoto bonito de 22 anos para ser segurança no meio de outros jovens ia dar naquilo mesmo, então deixou Tae como secretário pessoal de Jimin e JK. Tae cuidava literalmente da vida dos dois.

Jimin tomou um gole do leite e largou a caneca.

- Mochi, tome tudo! - Minah o repreendeu e Tae fez sinal com a mão para ele beber o leite.

- Estão me vigiando, é?

- Sim! - os dois falaram juntos.

- Beba o leite, Mochi. - Tae falou de novo, e ele acabou por ceder.

Estava muito cansado e com saudade de JK. Ficava doente longe do namorado, para desespero do outro, que se dobrava em mil para agradá-lo. O pai não parava de repreender JK sobre mimar Jimin como se ele fosse um bebê.

" - Mas ele é um bebê, meu pai.

- Pare com isso, JK. Jimin é um homem. Não pode tratá-lo como uma criança.

- Eu não faço isso.

- Faz sim. Faz todas as vontades dele.

- Mas ele sofreu muito, pai e ainda sente muita falta dos pais.

- Eu sei. Precisamos resolver isso também. Só não sei onde vou arranjar tempo para tanta coisa.

- Essa semana está com febre de novo. Minah falou. Quando vamos voltar para o Brasil, senhor?

- Na próxima semana, filho. Não fique nervoso. Tae e Minah estão lá.

O pai era muito compreensivo com JK e se preocupava demais com Jimin. A relação dos dois garotos era muito intensa e o pai às vezes se preocupava com isso também. Ele sabia que Jimin adoecia de saudade."

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