Satan Reincarnate [PT-BR]

Nova vida, novos arrependimentos

Eu não tinha ideia do que iria acontecer. Eu não sabia para onde estava indo, quem encontraria e o que faria. Tudo o que eu realmente sabia era que precisava encontrar o complexo de apartamentos A, e estava perto do complexo de apartamentos B e C. Crescendo no estado de Nova York, eu realmente não passava muito tempo na cidade. O mais perto que cheguei de ser uma garota da cidade foi aparecer em uma revista. Uma revista local. Eu senti a vibração do meu carro barulhento enquanto ele lentamente parava, interrompendo meus pensamentos.

"Merda!" Amaldiçoei baixinho.

Os freios foram acionados e soltaram um rosnado baixo quando tudo desligou. E com o carro, o mapa também me guiou para minha nova casa. Tirei meu telefone do bolso e o abri com raiva. Desamassei o folheto do meu apartamento e disquei o número de telefone do gerente para que eu pudesse pelo menos obter algumas direções, ou ajuda.

Eu tive dificuldade para abrir a porta e tentei sair. Não tive sucesso; eu praticamente caí de bunda. Quando me levantei, alguém atendeu o telefone na outra linha. Eu me limpei e esperei que eles me conectassem.

"Olá, Lukas falando! Como posso ajudar você hoje?" ele me cumprimentou alegremente pela linha.

Limpei a garganta, esperando que não soasse muito como uma zombaria. Embora definitivamente fosse.

"Oi, estou alugando o quarto 206 no complexo A, mas meu carro parou de funcionar bem entre os prédios B e C." Eu resmunguei enquanto olhava para meu carro de merda. Revirei os olhos para a situação.

Houve apenas silêncio no telefone e eu estava ficando impaciente. Eu abri minha boca apenas para ser interrompida por sua voz estridente.

"Certo... Vejo que temos um novo inquilino no quarto 206. Posso pegar seu nome e sobrenome, por favor?"

"Sim, é Angelina-" Fiz uma pausa, dando-lhe tempo para digitar. "Levine." Gaguejei, limpando a garganta, esperando não precisar repetir.

Ele estalou a língua. "Entendi. Ok, então, seu quarto ainda está reservado, e a reserva termina automaticamente 2 semanas após a primeira cobrança de aluguel, se não for paga. Só um lembrete!"

"É, é..." Eu silenciosamente zombei pelo telefone. "Tem alguma maneira possível de você mandar um caminhão de reboque?" Olhei para o céu laranja. "Está ficando um pouco escuro."

"Mhm... B e C você disse? Perto do pátio?" Ele perguntou, discando um número em um telefone separado.

"Sim! Quando você acha que eles vão chegar aqui?", perguntei. Eu realmente não queria ficar sozinho no escuro, especialmente não nesta área.

"Provavelmente em torno de... 15 minutos. Isso é o melhor que posso fazer, espero que fique tudo bem."

"Obrigada, Lukas, está perfeito!", gritei, com um sorriso genuíno nos lábios

Suspirei de alívio, me sentindo um pouco mais segura no escuro.

Desliguei o telefone abruptamente e esperei ouvir o barulho do caminhão de reboque.

Eu esperava que fosse rápido. Voltei para o meu carro, fechei a porta e apertei a trava com o dedo. Lembro-me de alguns velhos amigos que tinha em casa. Uma garota realmente gostava da deepweb e, quando contei a ela que estava me mudando, ela ficou um pouco animada demais e mergulhou para obter informações. Ela sempre foi obcecada por gangues e fazer pesquisas ilegais a levou a descobrir que aparentemente há um grupo muito famoso de pilotos aqui, conhecidos por sua violência e pela forma implacável como lidam com as pessoas. No entanto, eles não estavam nesta área geral. Eles estavam mais nas... profundezas de Los Angeles. Estou bem na superfície. Mas ainda assim, a ideia de que eles poderiam estar em qualquer lugar é assustadora.

Limpei minha garganta e coloquei meu telefone no painel com um suspiro. Coloquei minhas mãos no topo da minha cabeça e fechei meus olhos, querendo que o dia acabasse. Eu estava esperando que meu novo começo não fosse um daqueles momentos de "Nova vida, novos arrependimentos", mas só precisamos descobrir se joguei minhas cartas corretamente. Esperei, esperei até ver a luz brilhante e esperançosa dos faróis do caminhão de reboque enquanto eles prendiam o para-choque no topo do meu carro, me levando para longe. Eu tinha alguns dólares sobrando, eu poderia simplesmente correr até a loja de conveniência do outro lado da rua para abastecer depois de me instalar em casa.

***

Os trabalhadores foram embora, e eu peguei um carrinho no armário perto da entrada, e descarreguei meus poucos pertences. Peguei minha bolsa, o carrinho, e tranquei meu carro enquanto entrava. Suspirei de alívio quando o poderoso energético me deu um tapa no rosto, deixando uma sensação fria e revigorada em meus pulmões.