Best Friend

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_"Amizade é matéria de salvação."_
            _Clarice Lispector_

**Pov Mon**

  - Abro meus olhos, e a ansiedade está me matando. Sinto o sono pesado, resultado da noite mal dormida, mal consegui pregar os olhos pensando, como seria o dia hoje. Hoje é meu primeiro dia na faculdade como professora, eu me formei a alguns anos, mas dei aulas em escolas de ensino técnico, enquanto tentava conseguir trabalhar na faculdade dos meus sonhos. Meu sonho deu início quando ainda era pequena, minha mãe me contava histórias de como meu pai era, enquanto estava vivo, e isso me fascinava e aos poucos me enchia de paixão pela pedagogia. A faculdade onde eu iria começar era a faculdade onde meu pai havia lecionado por muitos anos antes de falecer de câncer. Infelizmente minha mãe teve que sacrificar muito de sua vida por mim e pelo meu pai, porém hoje em dia vivemos bem e felizes. Após a morte do papai nós mudamos para Inglaterra a cidade natal dele, mamãe se sentia mais próxima dele lá o que a fez suportar mais o luto. Quando voltamos para Bangkok acabava de me formar na escola, e comecei a fazer faculdade, onde conheci Nop, meu melhor amigo e meu marido.
   - Nop sempre foi um cara incrível, e ao passar do tempo, nos aproximamos de forma absurda, um dia nop se declarou pra mim e eu pulei em seus braços, eu amava Nop, mais que tudo no mundo! Ele era meu melhor amigo e me tratava como qualquer mulher sonharia em ser tratada. Logo após nos formarmos na faculdade, Nop me pediu em casamento e nos casamos em uma cerimônia simples de cartório. Nós agora iniciamos uma nova etapa em sua vida, Nop estava mudando de batalhão de bombeiros para ficar mais próximo a faculdade, e eu daria início ao meu sonho. Dar continuidade ao legado de papai, assim espero.

    - Bom dia - Diz Nop com a voz rouca se virando para me dar um beijo, enquanto me viro pra ele também com um sorriso sem mostrar os dentes. Seu sorriso era meigo e Nop parecia feliz e mais empolgado por mim do que eu mesma.
   - Bom dia Amor - Disse a ele enquanto acariciava seu rosto com o polegar - Preparado? - Perguntei com uma cara de tristeza forçada.
- Super preparado - Diz ele me abraçando na cama enquanto beijava minha testa em seguida se virava para levantar da cama em um salto, logo em seguida erguendo os braços em uma espreguiçada.
- Vou tomar banho e buscar Leite para nosso café, enquanto isso você prepara um Bacon beeeem gostoso
- Bacon? - Perguntei rindo olhando para sua direção enquanto ele seguia para o banheiro. Nop gostava daqueles tipicos café americanos de televisão, coisa que havia aprendido costume, por causa dos batalhões em que trabalhava, mas eu sempre tentava fazer se alimentar de frutas. Sem sucesso.
   Nop era meu melhor amigo, e meu melhor conselheiro, nós dividimos tudo, antes de começarmos a namorar na Faculdade, nós viviamos grudados pra cima, e pra baixo. Todos viviam nós dizendo que diviamos ficar juntos, pois combinavamos em tudo, desde gosto pra músicas, filmes, roupas, até time de futebol. Apesar de vivermos juntos, não fizemos a mesma faculdade como todos pensam, na verdade, ele estudava em outro lugar próximo da faculdade, e devido ao campus dessa faculdade ter muita área verde, normalmente escolas militares faziam colaboração para usar o espaço aberto.
O que acontece também na Faculdade onde papai dava aulas.
     O Batalhão que Nop começaria a trabalhar como instrutor somente para ficar próximo a mim seria ao lado da faculdade. Como horário de Nop era bem complexo e instável, ele achou melhor mudar para perto para que pudéssemos nos ver com mais frequência. Algumas pessoas poderiam achar isso sufocante, mas eu amava te-lo por perto a qualquer momento.
     - Logo após Nop voltar com o leite, tomamos nosso café. Fiz o seu bacon e claro como um bom marido, ele havia comprado uma sacola com algumas frutas. Coloco o bacon em seu prato enquanto ele passa seu braço em minha cintura olhando pra mim com o sorriso de orelha a orelha. - Obrigado Amor - logo em seguida me virei, deixando seu braço e indo ate a pia, enquanto cortava o mamão e tirava suas sementes, me encosto no balcão e ergo o mamão enquanto o comia com a colher.
- Já recebeu seus horários? - Perguntei, curiosa.
- Já sim - Disse ele suspirando e abaixando seus ombros com uma expressão de tristeza - Infelizmente, meus horários serão alternados, e ficarei na maior parte do tempo no período noturno. - Disse ele se virando pra mim enquanto fazia um bico em seus lábios. Me aproximei dele e esfreguei suas costas em forma de consolo.
- Tudo bem, Vamos sobreviver! - Disse dando beijo em seu cabelo. E dando um beliscão em sua cintura, o fazendo saltar da cadeira. - Auu ... - Disse ele se virando pra mim e me puxando pra um abraço e esfregando meu cabelo com Punho fechado. Quem nos via diria que pareciamos irmãos, e se encantavam ao saber que eramos marido e mulher.
- Estou ansiosa - Disse a ele abraçando sua cintura. - Tenho medo de não ser boa o bastante - Disse suspirando.
Ele me abraçou de volta e beijou meu cabelo. - Vai dar tudo certo momo.
  - E se não gostarem de mim? E se os alunos acharem minha aula chata? - Não era o tipo de coisa que eu costumava me preocupar, mas confesso que, se dar bem com todo mundo sempre foi meu lema, e sempre tive êxito nesta parte, minha preocupação era pela primeira vez na vida isso não acontecer.
    - E tem como alguém não gostar de você? - Disse ele me apertando em um abraço que me esmagava a cabeça.
Eu ri e o empurrei, fingindo uma lutinha com ele no ar.
- Aah, Retiro o que disse, acho que tem! - disse ele retribuindo minha lutinha dando um chute fraco na minha bunda.
  - Vamos! Antes que nós dois sejamos dispensados por atraso no primeiro dia. Disse ele pegando seu chapéu da sua farda formal, devido ao dia das apresentações e levantamento da bandeira.

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