Problemas Familiares.

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Capítulo 07

Eu estava assustada.
O lobo sumiu dentre a noite, deixando-me alí. Tive sorte de Bram e Everret estarem por perto.
Eles convocaram o pessoal e fecharam as portas, eu já havia parado de chorar, Bram me acalmara. Porém ainda estava desconfortável, o pensamento de achar que conhecia aquele animal era uma loucura.

ㅡ Está se sentindo melhor? ㅡ Bram pergunta me entregando uma caixinha de madeira escura. ㅡ Eu trouxe alguns remédios.

Assinto ao mesmo.  ㅡ Sim, obrigada. ㅡ sorrio agradecida para o mesmo. ㅡ Eu não sei como aquele lobo entrou aqui.

ㅡ Geralmente é normal esse tipo de coisa acontecer, ainda mais em regiões montanhosas. Afinal estamos no Tennessee.

Rio de leve, e ele retribui.

ㅡ É... Tennessee.

ㅡ Vai sentir muitas saudades daqui? ㅡ Ele pergunta com um olhar curioso.

ㅡ Sim. Esse lugar é simplesmente feito para mim, e me imaginar sem ele. Ah é uma loucura!

Ele dá risadas.

Viro meu rosto descontraída e vejo Everret, ele estava lá fora, pegando algumas coisas que haviam deixado. Ele parecia um pouco incomodado com algo desde cedo, quando aquele lobo apareceu. Talvez, esteja preocupado com o pessoal.

ㅡ Não tá muito frio lá fora para ele? ㅡ Digo me referindo ao loiro.

ㅡ Verdade, Vou ir dar uma mãozinha. Olha eu não fico aqui por que não aguento ver sangue. Me deixa tonto. ㅡ Bram diz e começo a dar risada.

ㅡ Sério? Isso não é um pouco infantil para um adolescente de 17 anos de idade não?

Ele ri com a minha frase. Seus olhos brilhantes me deixava inebriada, e seu sorriso era simpático e doce.

ㅡ Te vejo mais tarde.

ㅡ Vai lá.

Ele se despede e vai em direção às portas da frente.
A beleza desses irmãos é surreal, queria muito saber quem são seus pais. Com certeza, devem ser tão lindos quanto aos filhos.

[ ... ]

Eu havia acabado de tomar banho.
Meus machucados ardiam, principalmente os da minhas mãos que parecem ter piorado com a queda que levei.
Pego minha toalha sobre a pia e vou para meu quarto, enquanto seco meus cabelos molhados. Quando ouço um som de notificação, pego meu celular no bolso do moletom que estava,  com cuidado e abro a aba de notificações.

Não vá dormir tarde demais, amanhã teremos muito trabalho à fazer.

Era uma mensagem de Angeline avisando o óbvio.
ㅡ As vezes acho que ela abusa muito de sua funcionária, ela nem é tão velha assim. ㅡ Desdenho em murmúrios para mim mesma.

Logo abaixo tinha outra notificação. Aquela ligação perdida, da qual eu não retornei. Bato as unhas na tela, pensando se devia ligar de volta ou não.
Talvez fosse um banco me fazendo cobranças, ou sei lá, uma bilheteria fazendo propaganda. Ou talvez não.

SANGUE REAL ㅡ  Livro 01Onde histórias criam vida. Descubra agora