𝟬𝟲.

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Madison Grindelwald

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Madison Grindelwald

𝗦𝗜𝗡𝗧𝗢 𝗢 𝗖𝗛𝗘𝗜𝗥𝗢 𝗗𝗘 𝗖𝗔𝗙𝗘́ 𝗜𝗡𝗩𝗔𝗗𝗜𝗥 𝗧𝗢𝗗𝗢 𝗢 𝗤𝗨𝗔𝗥𝗧𝗢, abro meus olhos com certa dificuldade, minha cabeça dói e eu não me lembro de nada! o que eu fiz ontem, o que aconteceu.

-Você não fez nada de errado, relaxa- Como se o Theo pudesse ler meus pensamentos ele me responde, olho para o canto do quarto e depois para frente da cama, ele está sentando, aqui, me observando dormir. 

-Psicopata- Resmungo e me sento com dificuldade na cama, o que causa um risada sincera da parte do Theodore. Olho para o lado e percebo que tem um bandeja com um café e algumas comidas do café da manhã.

-Isso é pra mim- Pergunto pro Theodore apontando para a bandeja á minha frente e ele apenas confirma, alguns flashbacks invade minha mente, estou me lembrando do Theodore expulsando o carinha lá, dele segurando meu cabelo enquanto vomitava, ele cuidou de mim...

-Obrigada, de verdade, eu não sei o que podia ter acontecido se não estivesse aqui...-Digo um pouco sem jeito, não estou acostumada a agradecer, principalmente ele. Pego o café da bandeja e começo a beber um pouco. 

-Não pense no que podia ter acontecido, pense que está tudo certo e que nada aconteceu- Theodore diz enquanto me observa beber meu café, olho para ele e percebo a intensidade de seus olhos. 

-Ah e, seu irmão pediu pra avisar que ele foi pra casa hoje- Fico um pouco surpresa quando ele diz isso mas não é de hoje que Riven estava querendo ficar um dia em casa, não o julgo, essa escola pode cansar as vezes. 

[...]

Estou andando apressada no corredor, tenho que ir para minha aula e penso que estou atrasada, depois de Theodore me avisar sobre Riven, eu me vesti e agora estou aqui. Paro de andar quando vejo um monte de pessoas ao redor de algo, o que pode ser.

Me aproximo mais um pouco, claro que tive que empurrar as pessoas. Finalmente vejo o por que todos estão aqui, sinto meu coração se apertar e o ar escapar de meus pulmões, sinto como se eu não pertencesse a lugar mais nenhum, parece que meu mundo está desabando. 

Mattheo está no chão, tremendo, ele está tendo um overdose. Sinto meus joelhos se enfraquecerem e caio no chão do lado de seu corpo. Meus olhos começam a arder e minha visão fica embaçada. 

Alguém me puxa pra trás quando vem pessoas com uma maca e coloca Mattheo nela, tento lutar para me soltar do agarre dessa pessoa, sinto minhas bochechas molhadas, eu estou chorando como uma garotinha de cinco anos que perdeu seu brinquedo favorito. 

-Me solta porra- Finalmente consigo tirar algo da minha garganta, me viro pra trás e vejo que é Theodore, ele me olha com um olhar de pena, começo a negar com a cabeça e sinto que estou chorando mais ainda. Começo a correr em direção a ala hospitalar empurrando as pessoas a minha frente. 

Não me importo se me verem chorando, não me importo com mais ninguém além do Mattheo. Chego em frente a ala hospitalar e empurro a porta com força, começo a correr e olhar dentre as cortinas que separam as macas, paro na última maca e parece que não vou aguentar mais nada. 

Todo treinamento que meu pai me ensinou sobre como ser forte e não deixar ninguém ver sua fraqueza, não estão servindo de nada agora. Sinto mãos ao redor dos meus ombros e vejo a Madame Pomfrey parada em minha frente.

-Ele vai ficar bem- Ela diz para mim e me deixa sozinha com ele, sinto um alivio encher meu corpo, ando até uma cadeira que tinha do lado da maca, tiro o cabelo do Mattheo de seu rosto e beijo sua testa deixando algumas lágrimas cair em seu rosto. 

-Por favor, por favor, fique bem, por favor não me deixe, por favor aguente, por favor...-Começo a implorar como se ele pudesse me escutar, apoio minha cabeça em seu peito e deixo minhas lágrimas escorrerem por seu peitoral nu. 

-Eu não posso te perder, não posso perder meu melhor amigo, se eu te perder uma parte de mim vai com você, por favor aguente, não me deixe sozinha, não se atreva a me deixar ou eu juro por Merlin que te mato- Falo soluçando e Madame Pomfrey me chama, ela está com um olhar de pena. 

-Sinto muito menina, não posso te deixar mais aqui, agora tenho que trabalhar- Madame Pomfrey diz para mim e eu concordo com a cabeça, limpo meus olhos e tento me recompor. 

-Por favor...salva ele- Peço pra ela e saio da ala hospitalar, fecho a porta e me escoro na mesma, caio sentada no chão e começo a chorar novamente. Abaixo a cabeça e sinto um cheiro familiar, Theodore. 

Theodore se senta ao meu lado e passa seu braço ao redor do meu ombro fazendo que eu tombe um pouco pro lado me permitindo descansar nele. Não vou parar de chorar tão cedo, eu sei disso. 

-Eu sinto muito, de verdade, não imagino como é quase perder alguém que ama- Theodore fala com a voz cheia de pena e sinto mais vontade de chorar. 

-Quando eu e Mattheo erámos crianças...-Falo com uma certa dificuldade mas continuo mesmo assim- fomos brincar em um novo parquinho que tinha na cidade, eu só fui por causa dele, ele estava tão animado, e então eu me machuquei no escorregador, e ele pegou uma florzinha pra mim, me deu e falou...-paro um pouco por causa das lágrimas que estão atrapalhando. 

-Falou que as rosas mais fortes são as que se machucam e continuam seguindo em frente, desde esse dia eu não desgrudo mais dele, ele é como se fosse minha vida, eu, Riven e Mattheo somos assim. Mattheo foi a primeira pessoa que se aproximou de mim e não se importou com meu sobrenome, foi a primeira pessoa que estava lá pra mim, foi a primeira pessoa que se importou comigo, depois do meu irmão e do meu pai, claro. Sem ele eu não consigo respirar, a vida é mais fácil com ele, é como se ele levasse tudo de ruim embora e trouxesse só diversão, e..ver ele daquele jeito, tendo uma overdose, sua pele pálida, quase ver ele morrendo. Eu não aguentei, eu não vou aguentar se ele morrer, ele não pode morrer- Falo tudo que estava preso dentro de mim e sinto que estou chorando mais ainda se isso é possível. 

Theodore não diz nada mas parece compreender perfeitamente, ele apenas me abraça tentando me confortar, não me importo se estou sujando sua camiseta de lágrimas, não me importo sobre o que vão falar sobre mim, eu quero Mattheo de volta, eu quero o meu Mattheo de volta. 

 

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𝗗𝗿𝘂𝗴𝘀 & 𝗟𝗼𝘃𝗲 ' Theodore NottOnde histórias criam vida. Descubra agora