(19) 𝐀𝐫𝐠𝐮𝐦𝐞𝐧𝐭

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A escola era muito longe da minha casa, incrivelmente longe

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A escola era muito longe da minha casa, incrivelmente longe.

Comecei a caminhar pela rua, pensando numa possibilidade de ir para aquela joça, óbvio que eu ia ter que ir até o apartamento de Vinnie e talvez pegar uma carona com ele, era o jeito.

Ouvi o barulho de uma buzina e quase não acreditei quando vi a Ferrari amarela do Hacker.

— Você não acha que vai chegar naquela escola indo a pé, né? — Ele disse sarcástico, como sempre.

Se um cachorro raivoso não tivesse arranhado meu carro, talvez eu não estivesse nessa situação. 

— Sabe, дьяволенок...

Odeio quando ele fala em russo, eu queria saber o que ele sempre fala.

— Se você tivesse falado do jeito certo e respeitável, eu até te dava uma carona. Mas... — Ele disse coçando o queixo me olhando. —  Por que você não pede pro Marcos Henrique? Ah lembrei agora, ele está morto.

—  Como assim, Hacker! Qual é a porra do seu problema? — Hacker deu uma risada para trás, rindo do meu pavor, colocou os óculos escuros e disse:

Minha, Kristen Ferrari... Somente minha. —  Vincent cantou e arrancou o carro e me deixou ali sem reação alguma.

Ele realmente levava aquilo muito à sério. Estou sem acreditar no que eu estava vivendo, ele havia matado Marcos. Ele era um filho da puta.

Joguei uma pedra em direção de onde onde Hacker havia acabado de arrancar com o carro. Sentei no meio fio da calçada e comecei a chorar de raiva, eu não acreditava que aquilo estava realmente acontecendo, não acreditava.

Ele tirou o arranhão de seu carro hoje de manhã. — Ouvi uma voz nada estranha, olhei e vi Lanna e Kaleb com o meu carro.

Eles logo saíram e Lanna entregou-me as chaves, levantei-me com certa dificuldade, os olhos ainda ardendo em lágrimas, o coração apertado, a falta de querer enfrentar as coisas.

Eu sinto que daqui para eu chegar em casa eu tenho uma crise.

Dei um sorriso super falso para Kaleb e tentei entrar em meu carro, mas lá na me impediu.

Olha, eu mesmo vou pedir desculpas por Hacker, por ele ser tão assim... Impulsivo, controlador, sabe, por querer que as coisas sempre sejam do jeito dele, mas talvez ele tenha seus motivos.

—  Ou só tenha nascido errado mesmo. — Falei com a voz chorosa e Kaleb deu um sorriso e Lanna apenas me olhava. — Acontece, meus lindos. Que eu não sou qualquer uma, eu não mereço isso e ele não deveria ter matado Marcos.

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