CARMINE
Odeio menstruação.
Estou com cólica e dor de cabeça. Justo hoje que é o dia de assistir A pequena sereia. Não, eu não sou muito romântica, gosto de filmes de ação, fantasia e terror, mas tenho essa queda por produções da Disney. Vejo tudo que lançam.
Quando piso o pé no portão da escola, começo a desejar dar meia volta e voltar para minha cama.
Raoul faltou, o que não é novidade.
Agradeço ao segurança e ao motorista dos Seven que me levam mesmo quando ele falta e entro nesse mar de adolescentes.
— Oi, amiga. Sozinha hoje? — Nick, uma das minhas colegas de classe e minha amiga, comenta me dando o braço.
— Pois é. Tem gente que não precisa estudar como os meros mortais.
— Aquele deus grego tem tudo. — Ela suspira. — Você é uma sortuda.
— Não sou... — antes que eu termine de falar sinto uma mão agarrar meu cabelo e puxar com força para trás.
Os cachos estão soltos. Me acostumei com eles assim depois de desistir de brigar com Raoul por sempre soltá-los.
A pessoa puxa como se quisesse arrancá-los.
No susto, caio de bunda no chão.
São poucos segundos para entender que hoje não é o meu dia.
— Vadia! — ouço uma voz feminina gritar.
Cravo minhas unhas nas mãos em meu cabelo, fazendo a pessoa me soltar.
— Que porra, Monica! — encaro a loira idiota na minha frente, alisando a mão arranhada por minhas unhas.
— Vagabunda! Depois diz que é só amizade. — Ela rosna, irada.
Raoul. Claro que teria algo relacionado a ele. Eu não tenho paciência para essas sem noção.
Me viro para ir embora, mas ela segura o meu braço.
— Ele me chamou de Vermelha quando eu estava com a boca no seu pau. — Ela não fala, rosna. — Eu vou te arrebentar.
— Tá falando de que, porra? — questiono sem paciência.
Eu é que devia arrebentar essa vadia por puxar meu cabelo.
— Sonsa do caralho! — ela vem pra cima.
E eu é que não vou apanhar só porque não sei de que merda essa vaca loira tá falando.
Trato de dar um soco muito bem dado e derrubar a vaca.
— Chega, Monica! — aviso.
Ao contrário de parar, a puta me derruba e vem para cima de mim com tudo, não está nem ai para o lábio sangrando.
Com dificuldade, consigo proteger meu rosto. O que não livra meu pescoço das unhas da maldita.
Eu não posso ficar por baixo. Reúno minhas forças e inverto as posições.
Agora estou sobre ela.
Seu lábio sangra muito pelo soco.
— Eu disse chega, porra! — grito perto do seu rosto.
Se ela ia parar ou não, nunca saberei. Novamente tenho meus cabelos agarrados, dessa vez com muito mais força.
Hoje eu fico careca.
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DEGUSTAÇÃO - Chapeuzinho Vermelho do Mafioso - Contos da máfia - Livro II
RomansaDEGUSTAÇÃO LEIA COMPLETO NA AMAZON!!! Raoul é o irmão caçula da família Seven. Para ele tem que ser tudo programado, por isso ele tem tudo organizado, até os seus últimos dias. Com quem se casará, quantos filhos terão... para ele esse hábito é apena...