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que porra foi essa?

Acho que ficamos uns bons minutos encarando um ao outro, minhas bochechas estavam coradas já que a minha posição na qual ele me encontrou não era das melhores, olhei para o garotinho e ele também parecia surpreso, porém acabou sorrindo e eu resolvi lidar com aquilo da melhor forma possível, fingindo que nada aconteceu.

— Oi garotinho, oi moço — Acenei para os dois e fiquei em pé, me curvando para eles por educação e abrindo um pequeno sorriso.

— O que você faz aqui? — O gostoso perguntou ainda me encarando fixamente.

— Ah, eu sou o novo camareiro, hoje é o meu primeiro dia e a governanta me mandou para cá — Contei e olhando para as minhas mãos, vendo que o objeto brilhante que eu havia achado era um anel, uma aliança — Eu..Eu estava abaixado daquele jeito porque essa aliança estava de baixo do sofá.

Ele soltou um suspiro e estendeu a mão, eu lhe entreguei a aliança e percebi que ele usava uma idêntica no seu dedo, então aquela que estava de baixo do sofá só poderia ser da sua esposa. Ah, será que toda essa bagunça foi resultado de uma briga? Será que o gostosão estava com problemas no paraíso?

— O hotel não tem camareiros — O rapaz disse, ainda me olhando um pouco desconfiado.

— Não tinha, eu sou o primeiro camareiro do hotel — Ele balançou a cabeça e olhou para o filho, esse que ainda estava me olhando envergonhado.

— Chan, vai lá pegar os seus dinossauros, ok? — Ele pediu para o filho que foi correndo rápido para um dos quartos da suíte — Bom, qual o seu nome? — Perguntou voltando a olhar para mim.

— Eu sou o Yoon Jeonghan, senhor... — Soltei esperando que ele falasse o seu nome, porém o seu olhar mostrava que estava confuso.

— Não sabe quem eu sou? — Dessa vez eu que fiz um olhar confuso, claro que eu não sabia, o gostosão nunca havia falado o seu nome para mim — Eu sou Choi Seungcheol, sou o dono do hotel.

ah.

Puta merda, caralho!

Eu estava flertando com O DONO DO HOTEL. Meu Deus, o Jihoon vai fazer picadinho de Jeonghan hoje mesmo, eu afirmei que não flertaria com nenhum funcionário para no final das contas descobrir que havia piscado para o dono da porra toda, e que inclusive, é casado e tem um filho.

Yoon Jeonghan, por que você se mete nessas coisas, hein?

— Oh, eu não sabia... — Eu disse sentindo as minhas bochechas ficarem vermelhas de vergonha por conta de toda essa situação — Me desculpe pela minha atitude nas outras vezes que nos vimos, senhor.

— Atitudes?

— Por...Ter flertado com você, o senhor é um homem casado, com filho, eu agi errado, por favor não me demita por isso — Comecei a me sentir nervoso, queria me jogar aos seus pés e implorar para que ele não me demitisse por me achar um grande canalha safado. Mas tudo que eu imaginei que ele pudesse fazer, não esperava que ele fosse sorrir. Isso mesmo, ele estava sorrindo.

— Não se preocupe, você não sabia que eu sou o dono do hotel, está tudo bem, não vou te demitir — Soltei um suspiro aliviado e o vi cruzar os braços, nossa, que braços fortões e lindos, uau! — Me responda, por que contrataram um camareiro sendo que a vaga era para mulheres.

— O meu melhor amigo trabalha no hotel, no setor do RH, ele resolveu arriscar e me sugerir para o gerente, e...Bom, eu vim até aqui, mostrei meu currículo e consegui ser contratado.

— É o seu primeiro dia e já está cuidando do meu andar? Haseul costuma deixar os primeiros andares para as novatas  — Ah é mesmo? Que otária, ela realmente me odiava sem nem ao menos ter conversado comigo.

— Pois é...Acho que ainda não fui aceito pelas garotas da governança — Confessei e antes que ele pudesse dizer algo, o garotinho voltou segurando dois dinossauros, um na cor azul e outro na cor verde.

— Vamos, papai? — Ele perguntou, segurando a mão do Choi.

— Vamos, claro! — Seungcheol sorriu para o pequeno e olhou para mim, ainda sorrindo — Vou deixar que você termine a limpeza por aqui, espero que nos vejamos mais vezes, Jeonghan.

Abri um pequeno sorriso e me curvei mais uma vez, os vi caminharem até a porta e, antes que Seungcheol saísse ele olhou para trás, mandando uma piscadela na minha direção e com um sorriso de lado, e por fim, fechou a porta. Que porra foi essa?

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Era o meu intervalo, toda a equipe se reunia em um espaço aberto fora do hotel que ficava um pouco afastado da onde os clientes ficavam. Haviam algumas mesas ali e, adivinhem? Eu estava sentado sozinho e as garotas estavam em uma rodinha conversando e rindo. Credo, então era assim que os alunos excluídos se sentiam na época de escola?

— Hannie! — Minha deusa, Jiwoo, passou pela porta segurando uma sacola e veio se sentar ao meu lado, percebi que havíamos recebido olhares das outras garotas, mas Jiwoo não pareceu ter se importado — Eu costumo comprar o meu almoço em um mercadinho aqui perto, trouxe alguns lanches pra gente.

— Ah eu te adoro, Jiwoo — Eu disse abrindo um sorriso grande e a vendo tirando as embalagens de salgado de dentro das sacolas — Tenho uma bomba pra te contar — Eu sou um boca de sacola, nunca que deixaria todo esse rolê com o dono de hotel em segredo, não podia contar para Woozi e Wonwoo senão eles me matariam, então só podia contar com a minha brilhante amiga, Jiwoo.

— Já? Pensei que fosse demorar mais para você ter fofocas do hotel.

— Pois é, mas a Haseul ter me colocado pra limpar a suíte do dono do hotel me rendeu uma história interessante — Contei um pouco mais baixo já que ainda estávamos recebendo olhares das garotas da outra mesa — Amiga, a suíte dele estava uma bagunça, tinha um vaso quebrado e tinha uma aliança de baixo do sofá, aposto que era da esposa dele.

— Sério? Quem diria que a família Choi tinha problemas, eles sempre pareceram ser um casal perfeito.

Eu não parei por ali, contei para Jiwoo toda a situação desde que vi Seungcheol pela primeira vez e só terminei de falar quando contei sobre ele ter saído da sua suíte me lançando uma piscadinha.

— Eu. Não. Creio — Ela disse pausadamente, me encarando com os olhos arregalados e a boca entreaberta — O senhor Choi está flertando com você!

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