Broken

Capítulo 08

Todo mundo precisa de inspiração
Todo mundo precisa de uma canção
Uma bela melodia
Quando a noite é tão longa

Porque não há nenhuma garantia
Que essa vida é fácil

Sim, quando meu mundo está caindo aos pedaços
E não há luz para quebrar a escuridão
É quando eu, eu, eu olho para você
Quando as ondas estão inundando o litoral e eu
Não consigo encontrar o meu caminho de casa
É quando eu, eu, eu olho para você

(When I Look At You — Miley Cyrus)

Narração Por Olívia Mary Green\ Brooke

Rye, East Sussex, Inglaterra

Janeiro 15, segunda-feira

Sinto seus dedos trilhar da minha barriga até o meu seio esquerdo, prendo a respiração quando o meu seio se encaixa perfeitamente na sua mão grossa. Sua outra mão vai em direção as minhas costas para juntar nossas intimidades ainda mais, a sua coberta pela calça e a minha totalmente desnuda. Não sei como meu cérebro automaticamente faz o meu corpo se esfregar no seu a procura de atrito, selo nossos lábios em um selinho demorado, não conseguimos nos beijar profundamente, pois não conseguimos nem se quer respirar.

— Brooke — Sua voz rouca soa em meus ouvidos, sinto ciúmes do próprio nome que eu mesma inventei, e eu adoraria saber como o meu nome verdadeiro sai dos seus lábios

A mão que estava no meu seio desce para minha intimidade me fazendo gemer ainda mais, com apenas um dedo consegue me perder a postura. Abraço seus ombros procurando ainda mais seu contato, até que escuto a porta abrir e vejo Kate passar apenas seu rosto pela porta.

— Papai — Sua voz é doce e consigo empurrar Jason para se afastar o mais rápido possível, saio de cima da escrivaninha e abaixo a blusa até as minhas coxas

— Oi filha, aconteceu alguma coisa? — Jason pergunta sem conseguir olhar para sua filha, preciso trancar a porta quando esse homem sai por ela, ou a gente pode fazer uma besteira

— A Nina quer se levantar — Diz manhosa e sinto que estar morrendo de sono, Jason aponta para porta precisando ir para o quarto da sua filha

— Boa noite, Jason e ... e Kate — Digo tentando lembrar o nome da sua filha mais nova, acho que não consigo se quer lembrar o meu nome

— Boa noite, Brooke — A menina entra correndo em minha direção, beijo suas bochechas fazendo a mesma rir e ir em direção ao seu pai com vergonha, a mesma nunca tinha se aproximando tanto de mim

— Boa noite — Jason dar a mão direita para sua filha segurar e os dois saem do quarto onde vou passar apenas uma noite, e não sei se vou conseguir dormi, tranco a porta quando vejo os dois sairem por ela

Sento na cama ainda ofegante e levo as mãos à cabeça para não pensar no que acabamos de fazer, não acredito que a Olívia que morria de vergonha de se quer falar com um garoto acabou de fazer isso. E se a Kate não aparecesse? Fico triste automaticamente quando penso que não posso contar isso para minha mãe, sempre lhe contei tudo, o meu primeiro beijo e sobre os caras da faculdade que tava afim, mas nunca se quer tive tempo de sair com eles, pois sempre os trocava para estudar e no outro dia ninguém queria saber de mim. Mas pelo menos não ficava apertada nas cadeiras no fim do semestre. Como eu diria para Valentina que deixei uma rapaz me tocar pela primeira vez? Mamãe saberia assim que minhas bochechas ficassem vermelhas. Minha garotinha vai perder a virgindade, ela com certeza diria isso. Escondo meu rosto no travesseiro por pensar tanta maluquice. Deito na cama, mas não consigo dormi logo em seguida, aproveito que o meu quarto estar quentinho para pensar um pouco no que acabou de acontecer e não consigo esquecer. Antes das cinco levanto da cama e vou em direção ao quarto do Jason, pego os remédios e Nina mesmo com os olhos fechados toma com cuidado para não se engasgar. Era sempre nesse horário que os pacientes tinha que fazer exames de sangue no hospital, as crianças resmungavam em uníssono ao ver as enfermeiras tão cedo no seus quartos e eu fazia de tudo para não acordar os pequenos.