Capítulo 13

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Lembre-se de tudo que queríamos
Agora, todas as lembranças estão assombradas
Nós fomos feitos para dizer adeus
Mesmo com nossos rostos erguidos
Isso nunca teria funcionado do jeito certo
Nunca era pra ser

Eu não queria que nos queimássemos
Eu não vim aqui para te machucar, agora eu não consigo parar

Eu quero que você saiba
Não importa
Onde nos leva esta estrada
Mas alguém tem que ir
E eu quero que você saiba
Você não poderia ter me amado melhor

(Already Gone — Sleeping At Last)

Narração Por Olívia Mary Green\Brooke

Rye, East Sussex, Inglaterra

Janeiro 25, quinta-feira

— Então é você mesmo, OLÍVIA, ESSE É O SEU NOME — Grita ao empurrar o meu corpo sobre a mesa da cozinha

A única coisa que consigo pensar agora é como o Jason conseguiu saber sobre o meu nome e sobrenome, o papel estar comigo, ao não ser que ele tenha pego o meu livro na gaveta. E o Jason falou que não iria mexer nas minhas coisas, mas o diabo é a tentação.

— Deixa eu te explicar — Não consigo se quer me controlar e sinto minhas mãos tremendo em nervosismo, estou apavorada, como naquele dia

— Explicar o que, COMO MATOU O SEUS PAIS E TENTOU MATAR O SEU IRMÃO, não consigo acreditar que coloquei uma assassina na minha casa e com as minhas filhas — A sua voz aumenta e diminui de volume, consigo entender perfeitamente que estar assustado e apavorado

— Não matei ninguém — Digo deixando algumas lágrimas cair sobre as bochechas ao lembrar da Nina e da Kate

— A polícia de Londres me chamou para pegar o caso, não quis por causa das minhas filhas e por sua causa, mas a assassina estava debaixo do meu nariz o tempo todo — Responde segurando meu rosto com força enquanto me olha em cada detalhe, é como se quisesse ter certeza que sou eu naquele maldito papel

— Jason — Sussurro seu nome apavorada, quero apenas que ele consiga me escutar por alguns minutos

— Você que fez isso no seu rosto? — Pergunta me soltando e quase desabo no chão sem força, e nego a sua pergunta, vejo retirar o papel do bolso da calça

— Meu irmão que fez isso, ele matou os meus pais e tentou me matar. Paul bateu em mim antes de tentar me enforcar — Digo chorando desesperada

— AS SUAS DIGITAIS ESTÃO NA DROGA DA ARMA DO CRIME — Grita assustando até mesmo a minha gatinha, levo minhas mãos ao rosto para tentar enxugar as minhas lágrimas

— Paul usou luvas neste dia, peguei a arma do crime para tentar matar ele, mas não consegui — Digo desesperada para lhe contar tudo, guardei essa merda a muito tempo

— Eu vi a sua foto apenas uma vez, cabelos loiros e sem essas marcas no rosto, parecia até mais jovem — Responde com certo nojo em sua voz e isso despedaça o meu coração

— Porque essa foto foi tirada antes de tudo de ruim acontecer comigo, antes dos meus pais morrerem, antes de descobrir que o meu irmão é um psicopata, antes dele me bater e tenta me matar. Por um momento quis morre, mas alguma coisa na minha mente dizia que não era a minha hora, tirei forças não sei de onde e tentei matar o meu irmão com uma caixa de presentes. Consegui fazer ele desmaiar, pensei que tivesse matado e fui até meus pais, peguei o machado com a minha mão dizendo para mim mesma lhe matar. Mas não sou assim, sou enfermeira e meu dever é salvar as pessoas, não consegui matá-lo e fugi. Percebi que aquela cena seria algo para me incriminar e ser presa, peguei o primeiro ônibus que estava de saída na véspera de Natal. Quando amanhecesse eu iria ficar na primeira cidade e foi aqui, não quis envolver você ou se quer colocar crianças no meio disso. Mas não consegui afastar você, vocês são a única família que tenho no mundo agora — Digo de joelhos na sua frente chorando a cada palavra dita

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