Capítulo 11

52 5 0
                                    

Eu estou procurando maneiras de expressar o que sinto
Eu simplesmente não posso dizer que não te amo
Porque eu te amo, sim
É difícil para mim comunicar o que eu penso
Mas hoje eu vou te contar
Me deixe dizer a verdade
Amor, me deixe dizer a verdade, sim

Você sabe o que eu estou pensando, vejo isso nos seus olhos
Você odeia me querer, odeio quando você chora
Você está com medo de ficar sozinha, especialmente durante a noite
Estou com medo de sentir sua falta, acontece toda vez

(Die For You — The Weeknd)

Narração Por Olívia Mary Green/ Brooke

Rye, East Sussex, Inglaterra

Janeiro 24, quarta-feira

Nós dois nos sentamos na mesa de jantar, as meninas estão conversando com o avô na sala e estamos sozinhos por enquanto. Suas mãos grossas aquecem as minhas mãos geladas pelo medo de ter lembrando um pouco quando tinha cinco anos, o motivo de todo aquele medo era por causa do meu irmão. Depois de um tempo ele foi estudar fora, nos Estados Unidos e depois foi morar no Canadá, onde nós visitava de vez em quando, como no Natal passado e retrasado.

— E o que aconteceu depois? — Consigo despertar a curiosidade do Jason novamente, fecho meus olhos por breves segundos lembrando da voz daquela mulher

— Ela me disse que isso era comum, todos deveriam ter medo, mas não viver com esse medo. Me disse que meus pais morreriam, que todos iriam embora um dia, mas isso iria acontecer quando eu tivesse bem mais velha depois que eles cuidassem de mim por um longo tempo e dos meus filhos. E quando eu fosse embora também, iria aceitar de bom agrado, pois iria viver muito a minha vida e iria ficar feliz de encontrar meus pais novamente. Foi o que ela disse, mas nós crescemos e conseguimos entender algumas coisas — Digo deixando também lágrimas cair sobre as minhas bochechas ao lembrar deles, no meu estágio eu vi pessoas morrerem, todo tipo de gente como criança, jovem, adulto e senhores com idades avançadas. Minha mãe já chegou pra mim na adolescência dizendo que perdeu pacientes na sala de cirurgia. A psicóloga disse algo que poderia acontecer com a minha família, mas ela era uma médica, não uma vidente. Todos temos data para morre e nascer, mas quando acontece de alguém roubar a vida deles?

— Deve ter sido muito difícil essa conversa entre vocês duas — Jason responde enxugando minhas lágrimas, e não consigo me lembrar muito depois do que aconteceu, só consigo lembrar da primeira vez

— Acho que sim, mas depois de um tempo parei de pensar nisso. Meus pais ocupavam minha mente me matriculando em vários esportes da escola — Respondo e Jason me puxa para o seu colo, e nos beijamos sem ainda ninguém entrar na sala de jantar até agora

— Cadê o almoço? — Nina pergunta e saio do colo do seu pai rápido demais, e vejo seu sorriso de quem pegou dois adultos em uma situação difícil de explicar ou negar

— Estar pronto, e.... O que você estava fazendo? — Jason procura palavras para contornar a situação, sua filha vem até nós dois

— Nada, não vi nada — Responde olhando para o seu pai e não consigo parar de sorri com a troca de olhares que os dois fazem

— Vamos almoçar, chama sua irmã e seu avô — Jason diz se levantando da cadeira e conseguimos ver mais duas pessoas bisbilhotando a sala de jantar

— Acho que isso não é mais segredo — Donald responde entrando completamente na sala de jantar, e sinto minhas bochechas vermelhas de vergonha

Todos sentam na mesa para almoçar, pego meu preto me servindo de carne assada, verduras cozidas e Donald me apresenta seu queijo que agora come em poucas quantidades e duas vezes por semana. As meninas se servem apenas de verduras e legumes, suco de frutas. Jason se serve junto comigo, e tomamos um delicioso suco de laranja.

BrokenOnde histórias criam vida. Descubra agora