Capítulo 06

67 3 0
                                    

Nunca mais te deixarei ir embora

Como um rio, eu fluo
Para oceanos conhecidos
E você me puxa para perto
Guiando-me para casa

E eu preciso que você saiba que nós estamos caindo muito rápido
Nós estamos caindo como as estrelas
Nós estamos nos apaixonando
E eu não tenho medo de dizer essas palavras
Com você eu estou seguro
Nós estamos caindo como as estrelas
Nós estamos nos apaixonando

(Falling Like The Stars — James Arthur)

Narração Por Olívia Mary Green\ Brooke

Rye, East Sussex, Inglaterra

Janeiro 10, quarta-feira

Corro um pouco mais depressa em direção a minha casa, pretendo procurar outro emprego onde consiga trabalhar de segunda-feira a quarta-feira, e no restaurante possa trabalhar de quinta a domingo. Mas ainda não sei se quero esses dias de folga para mim, mas é horrível ficar parada. E ainda coloco em mente que devo sair do país. Não consigo receber notícias de Londres, se os renomados Doutores Green foram enterrados, não tenho celular ou se quer uma TV para ver as notícias. Só consigo ler o meu livro ou releio o mesmo, entro dentro de casa tremendo de frio e para piorar a minha casa não tem aquecedor. Coloco leite para esquentar e tomar um gostoso chocolate quente que comprei no estabelecimento onde cheguei a trabalhar. Descanso um pouco deitada na cama para voltar a trabalhar amanhã, semana passada o restaurante abriu pela última vez a semana inteira por causa das festas de fim de ano. Agora só vai abrir de quinta a domingo, onde mais pessoas frequentam o restaurante. O frio aqui dentro é horrível, mas pelo menos comprei uma colcha de cama quentinha e visto todas as roupas que tenho no momento. Anoto novamente no papel o que preciso para sobreviver um pouco mais de dias. Janeiro e fevereiro são os meses mais frios.

Aquecedor
Roupas mais quentes

Economizo bastante dinheiro, separando o mesmo para cada coisa. Água, luz e aluguel tem que ser sagrado, não posso mexer neles. Dinheiro para comida e higiene pessoal. Só tem dezessete dias que estou em Rye, me acostumo a cada dia viver sozinha e trabalhar no restaurante como garçonete. E no começo pensei que não sobreviveria fora de Londres, e hoje estou aqui passando muito frio. É estranho não saber como foi o enterro dos meus próprios pais, ou se quer eles foram enterrados. E também não consigo saber notícias do Paul. Devagar meus olhos fecham enquanto penso sobre o assunto, e relaxo meu corpo deitado na cama. Não consigo sonhar com nada até o momento de acordar, levanto da cama para organizar um pouco a minha cozinha. Coloco algumas embalagens de alimentos vazias no lixo, saio de casa para colocar o lixo fora, mas consigo escutar alguma coisa se mexendo longe de casa. Por instinto sinto alguém me observa, ou é apenas coisa da minha cabeça. Entro em casa trancando a porta, entro no quarto e deito novamente pensando se realmente tinha alguém me olhando.

Segunda, terça e quarta passaram devagar, consegui sentir falta de estar trabalhando e tendo minha mente ocupada. Coloco o meu avental amarrando na cintura e a toca sobre meus cabelos, pego o caderninho para anotar os pedidos dos clientes. Atendo algumas pessoas durante o horário do almoço, e o horário da tarde é que enche um pouco mais por causa dos universitários. E não tem como não ficar supresa ou um pouco incomodada quando vejo o Jason entrar no fim da tarde com uma mulher elegante, loira e alta. Os dois se sentam juntos um pouco afastados.

— Atenda os dois, é a professora e o Sr. Statham — A senhora resmunga atrás do caixa e confirmo indo em direção aos dois com as mãos suando

— Boa noite, o que desejam? — Pergunto pegando o caderno para anotar o pedido dos dois quase deixando cair no chão e sinto as minhas bochechas queimarem apenas na presença dele

BrokenOnde histórias criam vida. Descubra agora