Capítulo 16

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Você me ensinou a coragem das estrelas
Antes de partir
Como as luzes continuam interminavelmente
Mesmo após a morte

Com dificuldade de respirar
Você explicou o infinito
Como é raro e bonito
Existirmos

Eu não pude deixar de pedir
Para você dizer tudo novamente
Eu tentei anotar
Mas nunca consegui encontrar uma caneta

Eu daria qualquer coisa para ouvir
Você dizer isso mais uma vez
Que o universo foi feito
Apenas para ser visto pelos meus olhos

(Saturn — Sleeping At Last)

Narração Por Olívia Mary Green\Brooke

Londres, Inglaterra

Abril 02, terça-feira

— Declaro a acusada Olívia Mary Green inocente do homicídio dos seus pais Sra e Sr Green, lhe inocento de todas as acusações

Fecho os meus olhos ao escutar a minha sentença de liberdade, não sei como as pessoas devem reagir a isso e não consigo nem se quer imaginar como deveria agir se tivesse sido condenada. Vou em direção ao Jason e Donald sendo abraçada pelos dois, a minha família. Agora consigo movimentar os meus braços e o meu corpo, Jason me beija e realmente não quero mais sair dos seus braços.

— Estou livre — Digo sobre seus lábios lhe fazendo sorri, o meu coração estar gritando de felicidade dentro do peito e ao redor não é nada comparado ao estar próxima desses dois

— Nunca tinha participado de uma condenação, radical — Donald responde animado e seu filho o olha desmanchado o sorriso, e eu só consigo sorri

— Pai, por favor — Jason lhe repreende, mas nada retira a animação do seu pai

— Deixa, cadê as meninas? — Pergunto querendo mais que tudo abraçar elas duas, quero carregar todas as minhas energias depois dessa prisão

— Deixei elas com a senhora do restaurante, acho que tem alguém querendo conversar com você — Jason responde olhando em direção a Sra Walker

— Ainda vou demorar um pouco pra ser liberada, e tenho que conversar com a Sra Walker — Digo não querendo me afastar dos dois, os meus dedos aperta sua jaqueta com força

— Eu sei, a gente vai voltar para o hotel e você resolve tudo que tem pra resolver — Jason responde e confirmo a contra gosto, quero ir com vocês

— Amanha a gente se encontra? — Pergunto desesperada por uma resposta e o vejo confirmar enquanto me afasto

— Monocle café, lhe encontro no café da manhã

Vou em direção a melhor amiga da minha avó e da minha mãe, não consigo acreditar que não me lembro dela perfeitamente. Sei que o meu cérebro apagou muitas coisas como se fosse um ato de sobrevivência, mas nós duas já ficamos cara a cara três a quatro vezes. Respiro fundo tentando guardar as minhas emoções, a senhora consegue me dar um sorriso de lado envergonhada com alguma coisa.

— Oi — Digo e agora quem estar envergonhada sou eu, e a mesma consegue sentir a quilômetros de distância. Acho que somos duas pessoas querendo dizer alguma coisa, mas não sabe como começar.

— Oi, Olívia

— Ainda estou sem acreditar que a senhora era amiga da minha avó e da minha mãe — Digo deixando lágrimas cair, não quero mais chorar, mas o meu corpo passou por tantas coisas esses últimos dias

— E do seu pai também — Responde e confirmo com um aceno enxugando as lágrimas

— Meu pai, sinto tanta falta deles — Digo com a voz embargada caindo em lágrimas novamente

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