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Paula💋

Passo pelos corredores e sinto os cochichos sobre mim, ignoro indo em direção ao meu armario, eu não me importo, sempre tem alguém me julgando, mais nada me abala, eu já estou acostumada com os comentários negativos, muitas vezes foi eu mesma que fiz as pessoas pensarem mal de mim, eu sempre arrumo confusão.

Uma garota passa e murmura-O puteiro é pra lá-Apenas ignoro.

Eu odeio todos eles, quem eles acham que são?eu não me importo com nenhum deles, somente comigo mesma.

Vejo Jasmine passar e eu debocho da mesma, garota idiota, não suporto ninguém daqui, eu só queria sumir.

Paro na frente do meu armário e pego alguns livros, fecho a porta e alguém para na minha frente.

-Tá livre hoje?-Encaro Rodrigo e tento não revirar os olhos, eu preciso do dinheiro...

Paula- As 19 eu vou na sua casa-Falo.

Rodrigo- Tá bom-Tento dar um sorriso simpático e me afasto.

Odeio fazer isso, o meu pai é um viciado e comecei a me vender para alguns homens para pagar a dívida dele, eu trabalhava em uma lanchonete e estava juntando um dinheiro para pagar algum curso futuramente, mas descobri que meu pai estava devendo, o emprego da lanchonete não dava tanto dinheiro e meu pai tinha sido demitido do emprego, eu não consegui arrumar nenhum outro emprego, então a única solução que eu tinha era fazer sexo em troca de dinheiro.

O dono da lanchonete descobriu e me mandou embora, foi aí que eu e meu pai paramos na boca do leão, Muerte.

Vou tentar juntar os cinco mil reais para que eu possa sumir daquela casa, eu não aguento mais o Muerte, eu fiz uma entrevista esses dias e infelizmente não passei, preciso dinheiro para pagar água, luz e comida.

As vezes eu fico com nojo de me mesma, mais eu faria tudo de novo para que meu pai possa sobreviver, ele é a minha única família e o único com quem eu realmente me importo.

Meu pai não fala sobre a minha mãe, ele disse que ela morreu quando eu nasci.

A verdade é que a minha vida é uma merda e eu acabo descontando nas pessoas, a maior parte do tempo eu estou arrumando intriga com alguém, eu faço isso para as pessoas não se aproximarem de mim.

💋


Encaro o homem que desce as escadas, Muerte é um cara muito bonito e atraente, um grande gostoso, daria para ele sem pensar duas vezes, pena que ele também faria uma coisa comigo sem pensar duas vezes, me matar

Não é atoa que o apelido dele é Muerte, já matou muito gente e é procurado, mas os policiais não sabem o verdadeiro rosto dele e nos nem somos loucos de denunciá-lo, eu estou sendo vigiada e qualquer bola fora eu vou terminar a sete palmos embaixo da terra.

Ele vem até mim e para em minha frente me encarando-Faz alguma coisa para me comer-Ele manda e eu tento me segurar para não falar nada, odeio esse cara, sigo indo em direção a cozinha, eu odeio obedecer e ter que trabalhar para ele.

Paula- Você vai querer o que para comer?-Pergunrto pegando uma panela.

Muerte- O mesmo de sempre-Ele diz e eu me lavando, ele se aproxima sussurrando em meu ouvido, me fazendo prender a respiração-Mais se fosse você seria melhor-Ele se afasta.

Eu não vou dar para o cara que quase matou o meu pai, olho para ele que me lançava um sorriso sarcástico, o mesmo se aproximava novamente, mas dessa vez ele apenas me beijou e eu retribui.

Eu não sei o quanto a merda que eu estou fazendo é grave, mas eu sei que vou me arrepender futuramente, mas agora vou aproveitar o momento.

Droga, ele beija tão bem.

A Divida (Concluido)Onde histórias criam vida. Descubra agora