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Entro na casa do Muerte e sigo em direção ao "escritório" dele, me informaram que ele estava me esperando na sala dele, eu estou preocupada...

Bato na porta e esculto um entra, entro na sala e ele estava com uma postura séria.

Rafael- Quero o restante do dinheiro, não precisa mais trabalhar aqui-Encaro ele sem entender.

Paula- Mas...

Rafael- Não tem mas, já que você está trabalhando aqui a cinco meses, eu reduzi o dinheiro para três mil, paga agora ou seu pai morre.

Paula- Rafael, eu não tenho o dinheiro-Murmuro com os olhos cheios de lágrimas.

Rafael- Seu trabalho não está dando dinheiro?-Ele fala em um tom ironico-Você não tá cobrando?

Paula- Sim, mas ainda não consegui juntar o suficiente.

Rafael- Quanto você cobra por cada tranza?já deveria ter o suficiente, você tem bastante clientes-Ele murmura ironico, estou odiando esse tom de voz dele.

Ele está sendo imaturo, se essa reação é o porque eu sai com alguém ontem, é desnecessária.

Sandro- Como assim a minha filha cobra para fazer sexo?-Me viro para trás dando de cara com o meu pai, consigo sentir a decepção na sua voz.

Rafael- Como você entrou aqui?por que não anunciaram?-Ele murmura e meu pai vem até mim agarrando o meu braço.

Sandro- Fala Paula, o que é isso?você é uma prostituta?

Paula- Pai....eu ...não, isso é mentira-Gaguejo e tento controlar o choro-Essa era a única solução.

Sandro- Solução?minha filha é um puta!-Ele murmura batendo em meu rosto-Bem que falam que a manga não cai longe do pé, você é igual a sua mãe.

Minha mãe...ele nunca fala dela, ela era prostituta, eu achei que ela tinha morrido no parto ou me abandonado.

Sandro- Você é uma decepção Paula, vai olha na minha cara, agora eu entendi o porque todos te olhavam torto, você é uma puta!-Ele fala e vem na minha direção com a mão fechada para me dar um soco, mas alguém segura a sua mão.

Rafael- Chega!Bater na sua filha não vai resolver nada, ela estava fazendo isso para te ajudar.

A culpa é desse idiota que insiste em se entromete na minha vida.

Sandro- Me ajudar?-Ele dá uma risada sarcástica-Cuida da sua vida, você pode ser um traficante, mais ela ainda é minha filha.

Muerte- Cuidado com suas palavras, ou eu te meto uma bala na sua testa!

Sandro- Vai me mata, eu já morri por dentro assim que eu descobri que ela é uma prostituta-Fala apontando para mim e saindo da sala.

Me ajoelho no chão e começo a chorar desesperadamente, ele é a minha única família, o único que me amava, eu fiz de tudo por ele, eu deixei de fazer intercâmbio em outro país por ele....

Muerte- Se levanta Paula, você sabe muito bem que uma hora ou outra isso ia acontecer-Ele diz e eu continuo chorando, Rafael vem até mim e me levanta, me dando um abraço o que me pega de surpresa-Ele estava com raiva, não precisa chorar, você sabe que o seu pai te ama.

A Divida (Concluido)Onde histórias criam vida. Descubra agora