Capítulo 2

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Ella Lee

Suspirei irritada ouvindo o despertador tocar. Levei minha mão a mesinha de canto da cama para desligar meu celular, esbarrei em algumas coisas mas conseguir desligar o bendito despertador.

Me virei para o outro lado pronta para voltar a dormir, mas fui impedida por uma batida na porta. Resmunguei enquanto me sentava na cama, mexi no meu cabelo para que ele saísse da minha frente e suspirei fundo. A pessoa na porta bateu de novo, só que mais forte.

- Quem é, caralho?- gritei já irritada.

Odeio ser acordada.

- Apolo! Abre logo, Ella!- com muita dor no coração me levantei da cama e fui até a porta.

Abri um pouquinho apenas pra saber o que ele queria.

- O que foi? Quem tá morrendo?

- Aurora está reagindo a medicação, o médico disse que se ela continuar assim em breve ela vai acordar.- ele deu um sorriso.

- Sério?- esperança estava crescendo dentro de mim.

Abri a porta e o puxei para um abraço, estava tão feliz por ouvir isso. Pulei abraçada a ele, e quando ele me soltou me deu aquela olhada de cima a baixo e foi ai que lembrei.

Puta merda, não coloquei uma blusa.

- Gostei da lingerie, é bem sexy.- ele sorriu de canto.

Fechei a porta na cara dele e fui caçar uma blusa que eu pudesse usar. Avistei uma no chão e fui rapidamente passando pela minha cabeça.

Devidamente vestida fui de novo até a porta, Apolo estava no telefone discutindo com alguém, parece ser sério.

- Não, Nicolas. Manda Ezra resolver, já estou indo.- ele desligou e se virou para mim.- Você vai assim para um hospital?

- Você não me disse que iríamos ao hospital.

- Estou dizendo agora, vai se arrumar estamos indo para um hospital.- fiz menção de esganar ele.- Opa! Não posso morrer, sou muito bonito.- eu ri.

- Espera na recepção Apolo, já desço arrumada.

*

- Uma hora para se arrumar?! Onde já se viu isso Ella?- Apolo questionou dentro do carro.

- Você devia prestar atenção no trânsito ao invés de ficar questionando o tanto de tempo que eu demorei para me arrumar.

Ele apertou mais o volante e ficou calado o resto do caminho até o hospital. Quando descemos do carro seu voto de silêncio foi quebrado.

- Sabe o que acho engraçado? Que quando é a gente que demora você fica apressando, mas quando a gente apressa você fica toda estressadinha desse jeito.

- Apolo, não me estressa não. Vamos curtir esse momento, pode ser?- lhe olhei.

- Não, eu quero discutir.- ele segurou meu braço parando a gente e o que fez ele ficar na minha frente.- Minha irmã está lá dentro, pode morrer a qualquer momento e eu apenas quero tirar toda essa raiva de mim antes de entrarmos lá.

IntocavélOnde histórias criam vida. Descubra agora