Consequências - Parte 2

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N/A: Pode parecer loucura (ou ironia), mas essa segunda parte foi sendo escrita assim que a primeira foi publicada. Preciso confessar, eu demorei MUITO pra chegar nessa parte da história por motivos fortemente óbvios. Essa história é totalmente diferente da versão Spirit, isto é, MAIS REALISTA, e com isso, a parte da índole verdadeira do Alan fica pior de ser abordada. Sou escritora e isso é fato, mas sou humana também. Nunca romantizei aqui os novos rumos da forma que Eilish ama S/n, e nesse capítulo específico, quero deixar sempre o alerta de sempre: não romantizem, e se isso for de grande gatilho, por favor, preciso que pulem.



   A madrugada tardou para chegar, e com ela, contava os minutos para enfim o áudio ser liberado por S.A.M, afinal, estava apreensiva por Eilish. Iniciei e reiniciei o notebook tanta das vezes que estava ao ponto de quase o desconfigurar.

Ainda somente era uma da manhã...

Fiquei olhando as luzes pela janela, desejando que as horas passassem mais rápido que o convencional.

Você parece concentrada, Taggart– murmurou aquela voz familiar antes de suas mãos massagearem seus ombros– pensando em algo?

Frida... – sibilei surpresa– pensei que voltaria mais tarde

A porta estava aberta, não vi problemas em entrar– desconversou antes de me virar– o que me diz da surpresa de me ver aqui?

Uma camisola de cetim rosa torneava as curvas de seu corpo, mas tudo o que pude fazer encarando seu sorriso, foi engolir em seco enquanto fechava os olhos envergonhada.

O que diabos...? –tentava indagar perplexa– D-Demisovski...!

Fique tranquila, não é nada que te preocupe, é? –questionou ironicamente, passando a mão pelo meu pijama antes de se aproximar perto de meu ouvido– se não gostou de minha roupa, pode tirar

O hálito quente de sua voz tremulou meu corpo. Agora posso sentir meu coração bater um pouco mais forte do que antes. Não amava verdadeiramente Frida, mas confesso que ela não era de se negar. Eu a puxei para um beijo após isso, sem pensar muito no que estava fazendo, afinal, a carência de Billie me fazia querer suprir de alguma forma, nem que seja fingindo que estava beijando-a, sentindo-a, tocando-a...

Quando terminei, Frida ficou apenas parada, sem mover um músculo, sua respiração também um pouco acelerada perante a circunstância que criei.

Você... realmente me beijou? –indagou surpresa

D-desculpe– pedi desconcertada– se isso foi ruim, prometo nunca mais tentar fazer iss..!

Frida era pequena, mas brutalmente forte. Soube da certeza disso assim que me puxou pelas roupas e me atirou com força para a cama.

Antes que a pudesse contestar sobre aquilo, ela deitou-se ao meu lado e atacou novamente meus lábios. Os sentidos vão enfim me invadindo aos poucos. A expressão de seu rosto, antes um pouco tensa e assustada, agora era mais relaxada conforme movia minha boca na sua. Uma surpresa me atingiu assim que ouvi sua respiração ficar mais ruidosa, o tipo de som que reconheço demonstrar ser uma prova nítida de que ela estava excitada com o momento.

Merda... – praguejei assim que ela me liberou de seus lábios– devemos parar, precisamos parar! Não deve entender quão isso é perigoso, mas eu sim

Frida me olhou com um misto de surpresa e frustração em seu rosto. Ela parecia confusa, como se não entendesse o motivo repentino da minha resistência. Eu sabia que precisava explicar a situação, mesmo que ela me odiasse agora.

God Save The Queen - imagine Billie Eilish [UA]Onde histórias criam vida. Descubra agora