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Minatozaki Sana

O apartamento estava silencioso. Tzuyu, depois de outra noite em silêncio, havia ido dormir. Ela não comeu muito no jantar, mal bebeu seu vinho, e respondeu às minhas perguntas com pequenos murmúrios e balançar de cabeça.

Eu a ouvi se movendo no piso superior, o som das gavetas abrindo e fechado, e eu sabia que, provavelmente, ela estava arrumando e organizando tudo. Ela fazia isso quando estava chateada.

A preocupação estava acabando com meus nervos; era algo pelo qual eu nunca tinha passado. Não estava acostumada a me importar com alguém. Pensei em como ajudá-la a se sentir melhor, como ajudá-la a falar. Ela precisava falar.

A cerimônia foi pequena, mas especial, já que Lisa e Jennie lidaram com a maioria das coisas, não era surpresa. Lisa se sentou com Tzuyu e a ajudou a escolher algumas fotos, as quais eles colocaram pela sala. A preferida de Eubin eles colocaram perto da urna que estava decorada com flores silvestres. Flores foram enviadas por pessoas diferentes, o último arranjo veio de Tzuyu e de mim. Todas as favoritas de Eubin preenchiam o vaso ao lado de sua foto, a maioria das flores eram margaridas.

Grande parte dos funcionários do Grupo Manoban foram prestar suas homenagens. Eu fiquei ao lado de Tzuyu, meu braço envolvido em sua cintura, segurando seu corpo rígido perto do meu, em apoio silencioso. Apertei suas mãos, aceitando as palavras murmuradas de condolências; consciente da forma como ela tremia às vezes. Alguns cuidadores e funcionários da Golden Oaks apareceram, e Tzuyu aceitou seus abraços e palavras sussurradas de luto compartilhado, então sempre recuava para o meu lado, como se buscasse abrigo em meu abraço.

Havia alguns amigos de Eubin que sobraram para aparecer - Tzuyu deu tratamento preferencial para aqueles que o fizeram. Ela se encolhia para falar em tons de sussurro com aqueles nas cadeiras de roda, certifica-se de que aqueles com muletas fossem acompanhados para um assento rapidamente e, depois da breve cerimônia, passou o tempo com todos eles.

Fiquei de olho nela e me mantive perto, preocupada pela falta de lágrimas e o constante tremor de suas mãos. Eu nunca tinha passado por luto até aquele dia. Quando meus pais morreram, não foi nada comparado a isso, depois de tudo pelo que me fizeram passar, eu achava impossível sentir algo por eles. Fiquei triste quando Nana foi embora de casa, mas era tristeza de criança. A dor que eu sentia por Eubin era uma dor que queimava em meu peito. Brotava e se espalhava da forma mais estranha. Lágrimas contidas queimavam meus olhos quando eu menos esperava.

Quando as caixas contendo as coisas dela chegaram, eu tive de ficar no depósito, tomada por uma emoção que não conseguia explicar. Eu me vi pensando em nossas conversas, na forma como seus olhos se iluminavam quando mencionava o nome de Tzuyu. Suas histórias engraçadas e doces da vida delas juntas. Meu calendário ainda estava com todas as terças à noite bloqueadas com o nome de Eubin. De alguma forma, eu não conseguia apagá-los.

Somado a todos esses sentimentos já estranhos, eu estava preocupada com minha esposa. Achava que ela estivesse conseguindo lidar com tudo. Eu sabia que estava de luto pela perda da mulher que amava como uma mãe, mas, mesmo assim, ela esteve calma. Estável. Chorou uma vez, mas eu não a via chorar desde o dia em que Eubin faleceu. Desde a cerimônia mais cedo naquele dia, ela se fechou. Ela saiu para caminhar, silenciosamente balançando a cabeça quando me ofereci para acompanhá-la. Quando ela voltou, foi direto para seu quarto até eu chamá-la para jantar.

Agora, com meu conhecimento limitado em ajudar pessoas, eu estava perdida. Não poderia chamar Dahyun ou Lisa e perguntar o que eu deveria fazer para minha própria esposa. Elas pensavam que nós éramos íntimas e presumiam que eu saberia exatamente o que fazer. Hoje, quando saímos da casa funerária, Lisa me abraçou e sussurrou um:

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